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PMs são acusados de executar jovem de 24 anos

Extorsão

Dois policiais civis e um guarda municipal foram presos na manhã desta quarta-feira em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Eles são acusados de crimes de concussão (extorsão praticada por funcionário público) e cárcere privado.

Um terceiro policial civil que também teve mandado de prisão expedido pela Justiça está foragido.

O grupo teria mantido uma mulher acusada de tráfico de drogas presa dentro da casa dela e exigido o pagamento de R$ 100 mil para não levá-la à cadeia.

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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou, nesta quarta-feira (4), quatro policiais militares de Curitiba pela morte de um jovem no bairro Santa Cândida no dia 4 de abril. O repositor de supermercado Diogo Chote, 24 anos, foi executado com cinco tiros, um no olho, um no pescoço e três no peito. O tenente Wagner de Araújo, de 29 anos, e os soldados Jonathan James Zanin, 27, Alexandre de Oliveira, 31, e Norberto Siqueira Adolphato, 33, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado.

Segundo os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Chote e um amigo foram abordados pelos policiais na Rodovia da Uva, na divisa de Curitiba e Colombo. O amigo da vítima, que ia mais à frente, foi abordado primeiro e, após ser revistado, teria recebido ordens para sair em disparada. Ao perceber a aproximação da viatura, Chote teria jogado um revólver que portava na vegetação das margens da rodovia. Neste momento foi detido e a arma, localizada e recolhida.

Os denunciados, de acordo com os promotores, decidiram então matá-lo. Passaram a circular com o jovem na viatura e, após terem permanecido por cerca de 20 minutos nos fundos do Terminal Santa Cândida, optaram por levar a vítima até uma mata fechada, nas proximidades das ruas Acyrdo Rasmussen e Oscar Gomes de Oliveira. Neste local, a vítima teria sido agredida e baleada por Araújo e Zanin.

Os outros dois policiais teriam participado de toda a execução do crime, ajudando na abordagem da vítima e na agressão. "Embora não tenham efetuado os disparos que levaram à sua morte, estavam presentes no momento da execução cercando a vítima, e aderiram à vontade dos demais denunciados autores dos disparos", destacaram os promotores na denúncia.

Para os representantes do MP-PR, além do motivo torpe, o crime foi praticado com emprego de meio cruel, uma vez que a vítima foi submetida a sofrimento físico e moral, sendo mantida em poder dos denunciados por cerca de 40 minutos. O laudo da exumação do corpo comprovou que um dos disparos foi feito de cima para baixo. "Atingindo-a na região entre o pescoço e o ombro direito, disparo típico de execução", relatam os promotores. O laudo ainda apontou lesões na perna da vítima.

Ao contrário do que haviam alegado os policiais, a análise do sistema de monitoramento da viatura revelou que eles efetivamente estiveram na Rodovia da Uva no horário apontado pelas testemunhas como o da abordagem de Chote. O crime de homicídio triplamente qualificado prevê penas de reclusão de 12 a 30 anos.

Afastamento

A assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM) informou que, a partir desta quarta-feira, os policias denunciados passam a realizar trabalhos administrativos no órgão e ficam à disposição da Justiça até o fechamento do processo

Outro caso

Na última sexta-feira (30), 13 policiais militares, envolvidos em um suposto confronto com cinco jovens no bairro Alto da Glória, tiveram a prisão decretada.

Eles são suspeitos de executar os rapazes, no último dia 11 de setembro. Os policiais haviam alegado que as vítimas foram mortas depois de efetuarem divesros disparos contra as autoridades. O Inquérito Policial Militar (IPM) apontou que que os jovens se renderam e não atiraram contra os policiais. O aparelho rastreador instalado na viatura da PM revelou que, antes de conduzir as vítimas para o hospital, os oficiais pararam em um matagal no Atuba, onde provavelmente os suspeitos foram executados.

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