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Durante a campanha o senhor disse que um dos principais desafios da sua gestão seria oferecer um ensino de qualidade aos 1,1 mil novos alunos que devem entrar na universidade a partir de 2009. Como isso será possível?

Já estamos fazendo investimentos na área de infra-estrutura. O recurso do Reuni (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) chegou e está sendo aplicado (ao todo, a UFPR deve receber R$ 75,8 milhões previstos no programa). Teremos a segurança de que haverá espaço para recebê-los. Talvez todo o espaço necessário ainda não esteja pronto para março, mas para o segundo semestre estaremos totalmente preparados. Há também a questão das contratações. Os concursos para professores estão abertos. Também estamos aproveitando profissionais aprovados em concursos anteriores e que são imediatamente efetivados. Haverá uma grande entrada de professores ainda em dezembro deste ano, o que garante que eles estarão disponíveis para março.

O senhor demonstrou ao ministro Fernando Haddad que existe um desconforto em relação à criação do Ifet-PR. Qual é a extensão desse problema?

Algumas pessoas que trabalham na nossa escola técnica não querem ir para essa nova unidade. Pelo que diz a lei que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, todo patrimônio e todo corpo docente e a estrutura da escola técnica seria simplesmente transferida para o Ifet. As pessoas não querem ser transferidas apenas por força de uma lei, elas gostariam de ter a oportunidade de ficar. O ministro assegurou que isso não vai acontecer.

O senhor defende a implantação de uma "gestão confiável" dos recursos da UFPR. Não havia isso durante a gestão anterior?

A questão maior é transparência e gestão colegiada. O que nós queremos na nossa gestão é que a comunidade nos ajude a discutir. Não é o reitor ou sete pró-reitores que vão comandar a universidade como um todo. Quero voltar a usar os conselhos superiores. Quero ouvir mais os estudantes. E também os técnicos, os docentes, para discutir um pouco mais a nossa administração. Não é que houvesse uma gestão pouco confiável dos recursos antes. É uma questão apenas de aumentar o grau de participação da comunidade. Queremos colocar o orçamento na internet, que fique clara toda a aplicação de recursos. Não só o orçamento de custeio, mas tudo o que gastamos.

O senhor prometeu um programa de bolsas com mais recursos para alunos com dificuldades financeiras. Como isso será implantado?

Nós temos há algum tempo uma bolsa que se chama bolsa-permanência ou bolsa-trabalho, que preserva esses alunos. Só que ela é insuficiente. O que nós queremos é criar um programa de bolsas, talvez não tão numerosas, mas para aqueles alunos que têm de optar entre fazer um xerox para a aula ou comer. Vamos fazer uma análise dos nossos alunos e ver quem realmente se encontra em uma situação de fragilidade econômica e criar um programa novo, com um valor mais substancial.

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