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O jovem acusado de matar o amigo na madrugada desta terça-feira (29), em um condomínio de alto padrão de Curitiba, foi liberado na noite desta quarta-feira (30) para responder ao processo em liberdade. Ele estava preso desde o fim da manhã de terça na carceragem do 5.º Distrito Policial, no bairro Bacacheri.
A decisão da soltura saiu da 1.ª Vara do Tribunal do Júri, segundo o advogado de defesa, Elias Henrique Souza. A única determinação, ainda de acordo com ele, é para que o acusado compareça a todos os atos do processo.
Até esta quarta, cinco pessoas já tinham sido ouvidas na oitiva do caso: o pai do acusado; o amigo da família que estava no apartamento na hora da ocorrência; dois policiais militares; além do próprio acusado.
O delegado do 5.° DP, Rogério Martin, disse que o adolescente esteve nervoso durante toda esta quarta-feira, e que ele será novamente ouvido pela polícia nesta quinta (1°) ou na sexta-feira (2).
Enterro
O corpo de Guilherme Toniolo, assassinado com dois golpes de facas pelo amigo foi enterrado no fim da tarde desta quarta (30), no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, na capital. O velório do rapaz, que tinha 27 anos, ocorreu na Igreja de Jesus Cristo dos últimos Dias, no Bacacheri.
Em depoimento prestado nesta terça, o adolescente confessou ter matado o colega, e disse que estava sob o efeito de alucinações causadas por odorizador de ar e por bebidas alcoólicas na hora em que cometeu o crime.
Relembre o caso
Toniolo morreu após ser atingido por um golpe de faca no tórax e outro no pescoço. O crime ocorreu no apartamento da família de acusado, onde também estavam, além dos dois jovens, o pai do adolescente suspeito de matar o amigo e outro colega da família, identificado como Sidney Grossko.
Conforme o delegado que investiga o caso, Rogério Martin, o pai do acusado e seu colega teriam acordado por volta das 5 horas com os gritos vindos da cozinha da residência. Quando presenciaram a situação, o pai do acusado o levou para o banheiro, enquanto Grossko segurava a vítima.
O Siate foi acionado, mas quando a equipe chegou, o jovem esfaqueado já tinha morrido. A briga, conforme Martin, teria sido motivada por provocações que os jovens tinham realizado minutos antes.
Atualização realizada em 10 de maio de 2023: Após a tramitação da ação penal, o jovem acusado do crime foi julgado pelo Tribunal do Júri que concluiu pela desclassificação do crime praticado de homicídio para lesão corporal seguida de morte. Com a desclassificação do crime e a consequente redução da pena imputada, reconheceu-se a prescrição e o processo criminal foi arquivado.