O homem acusado de matar a corretora de imóveis Claudia Mader Munhoz, de 58 anos, durante um assalto no bairro Bigorrilho, em Curitiba, no fim de outubro de 2014, foi condenado a 22 anos e sete meses de reclusão pelos crimes de latrocínio e corrupção de menor. O réu Milton Ribeiro dos Santos, de 18 anos, já começou a cumprir a pena, pois estava preso preventivamente pela Justiça. A sentença foi proferida no dia oito de maio. A defesa do acusado, de acordo com o Ministério Público, recorreu da sentença da 13.ª Vara Criminal de Curitiba.
O acusado foi preso preventivamente em dezembro de 2014. A Justiça negou ao réu o direito de apelar em liberdade e determinou o início imediato do cumprimento da pena.
Claudia estava na próxima ao cruzamento das ruas Gastão Câmara e Martin Afonso, no bairro Bigorrilho, em Curitiba, quando foi abordada por Santos e outro adolescente com menos de 18 anos. Na época, a Polícia Civil explicou que a vítima se recusou a entregar uma bolsa e acabou morta por três tiros disparados por Santos. Em seguida, o réu assumiu a direção do carro de Claudia e fugiu em direção ao Parque Barigui junto do adolescente.
Segundo a promotora do caso, Maria Aparecida Mello, o réu, apesar de ter confessado na delegacia o crime, negou em juízo e alegou não estar na cidade naquela data. A promotora, contudo, afirmou que o Ministério Público questionou todas as empresas de ônibus que poderiam ter sido usados pelo acusado para deixar Curitiba naquela época. Nenhuma registrou a viagem dele. Portanto, o álibi alegado foi derrubado, conforme explicou a promotora. “O adolescente que estava junto foi testemunha de acusação e várias outras testemunhas o reconheceram. Afirmara que ele estava no local”, contou a promotora.
A defesa do réu não foi localizada pela reportagem. O MP informou o telefone do advogado do caso, mas ele não atendeu os telefonemas.
Rapidez
O caso foi julgado de forma rápida e ágil, na avaliação do Ministério Público. Segundo a promotora, isso ocorreu porque várias testemunhas compareceram nas audiências. Ela explica que, em muitas situações, elas faltam, provocam atrasos. Não foi este o caso. “As testemunhas sempre perguntavam quando iria terminar o caso [após as audiências]”, contou.
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