O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, concluiu que o tiro que matou o refém paranaense foi disparado pelo delegado gaúcho Leonel Carivali, da 1ª Delegacia Regional Metropolitana, sediada em Gravataí. A informação foi divulgada pelo delegado da Corregedoria da Polícia Civil, Paulo Rogério Grillo, responsável pela investigação do caso, nesta terça-feira (10).
O agricultor paranaense Lírio Persch e um segundo refém estavam em um cativeiro na cidade de Gravataí. Os policiais paranaenses do grupo Tigre (Tático Integrado Grupo de Repressão Especial) - a unidade de elite antissequestro da Polícia Civil do Paraná - foram ao RS resgatar as duas vítimas de sequestro sem avisar as autoridades locais. Ao saber dos motivos da investida da polícia paranaense, dois delegados gaúchos estouraram o cativeiro e acabaram matando o agricultor.
O delegado será ouvido nos próximos dias pela Corregedoria para que possa apresentar a sua versão dos fatos. Todas as testemunhas já foram ouvidas e o laudo pericial também já foi feito. O inquérito policial deve ser concluído na próxima semana. "O delegado ainda não foi ouvido. Somente depois disso poderemos falar sobre a conclusão do inquérito", afirmou Grillo.
Morte de sargento
Na mesma operação - porém em circunstância anterior à morte do refém -, os policiais paranaenses mataram um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Outro inquérito investiga como se deu a morte de Ariel da Silva. Os policiais do Paraná seguem presos em Curitiba.
As investigações revelam que houve confronto armado entre os investigadores paranaenses e o sargento gaúcho e que isso ocorreu após a tentativa de abordagem. Ariel da Silva estava à paisana e em uma moto sem identificação da polícia. Ele teria tentado interpelar os agentes do Tigre já com arma em punho e sem se identificar como policial. "Em princípio, ele [o sargento] não pediu socorro à Brigada, não acionou ninguém. Ele estava agindo meio solitário", definiu Grillo.
Apesar da abordagem fora dos padrões policiais (sozinho, à paisana e sem comunicar a corporação), o delegado disse que não é possível afirmar que Ariel da Silva fazia "bicos" como segurança na região. "Queremos ouvir essas testemunhas até para esclarecer tudo isso", acrescentou.
Em depoimento à polícia gaúcha, os investigadores do Grupo Tigre disseram que pensaram que o sargento fazia segurança a bandidos. O equívoco teria gerado o tiroteio.
A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico do sargento, na última sexta-feira (6), para que se possa apurar o que o sargento fazia no local onde acabou morto por investigadores do Grupo Tigre.
A reconstituição da morte de Silva deve ocorrer na próxima terça-feira (17).
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