O Hospital Evangélico (HE) de Curitiba dificilmente conseguirá absorver a demanda que deve surgir com a decisão do Hospital Universitário de Londrina de interromper o internamento de pacientes vítimas de queimaduras graves. Referência neste tipo de atendimento, o setor de queimados do HE já tem operado acima da capacidade, com índice de internamento superior aos 30 leitos disponíveis. Por isso, a tendência é de que os pacientes sejam encaminhados a um hospital não especializado ou a unidades de outros estados.
“Eles devem ficar internados em outro hospital, mas sem atendimento especializado, mais adequado. Assim que abrirem vagas aqui [no HE], a Central de Leitos os encaminha”, disse o médico José Luiz Takaki, preceptor em cirurgia plástica do Evangélico e que há mais de 25 integra o setor de queimados do hospital.
Dos 30 leitos destinados ao internamento de vítimas de queimaduras no HE, 15 são para pacientes adultos e 15, para crianças. Nesta segunda-feira (18), por exemplo, o setor contava 39 internados, que haviam sido direcionados para leitos de outras especialidades, como ortopedia, clínica médica e cirurgia plástica. “Já estamos no limite, atendendo mais do que poderíamos”, resumiu Takaki.
Transferências
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que recebeu, nesta segunda-feira, um fax do Hospital Universitário de Londrina, informando que vai deixar de receber vítimas de queimaduras. Apesar disso, os pacientes que já estão naquela unidade devem permanecer hospitalizados até a conclusão do tratamento.
A Sesa informou ainda que, por enquanto, o Paraná continua apenas com um hospital de referência em queimados: o Evangélico. Caso necessitem de vagas em unidades especializadas, a Central de Leitos pode acionar centros hospitalares de outros estados. O transporte aeromédico do Paraná estará disponível para fazer essas transferências.
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