Nomeado na última terça-feira (16) reitor pro tempore do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), Élio de Almeida Cordeiro quer acabar com o clima de tensão entre alunos, professores e funcionários. A instituição passou por uma série de crise no último ano, que culminou com uma decisão judicial que embargou a posse de Ezequiel Westphal, eleito reitor no último 7 de maio.
“O objetivo é trazer tranquilidade, transparência e permitir que a gestão continue, sem haver perdas maiores para o instituto. Porque no final quem perde é o aluno, ele é quem sofre com isso”, explicou Cordeiro, em entrevista à Gazeta do Povo.
Nesta semana, o professor se reúne com assessores próximos, ligados à administração central do IFPR. Na semana do dia 22 de junho deve começar uma peregrinação pelos campi do instituto, começando pela unidade de Curitiba, para reuniões com professores e alunos.
Há 32 anos no serviço público, Cordeiro foi por três anos reitor pro tempore do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). Mas faz uma ressalva de que a situação lá não era a mesma que enfrenta no Paraná.
“Lá, foi uma ação policial que envolveu Ministério Público, Coordenadoria Geral da União e Polícia Federal, que inclusive levou à prisão dos dirigentes, não era uma situação meramente política. Não é o caso que vivemos aqui”, explicou.
A respeito do imbróglio que levou ao vácuo na administração do IFPR, o professor preferiu não se posicionar. Ele considera que cabe à justiça apurar qualquer possível irregularidade no processo eleitoral.
Indicado pelo Ministério de Estado da Educação (MEC), o reitor considera que cabe ao ministério apenas avaliar se o processo eleitoral “foi conduzido de acordo”.
Entenda
Reitor Eleito, Ezequiel Westphal foi impedido de tomar posse por uma liminar da 1ª Vara Federal de Curitiba, que apontou indícios de irregularidade no pleito eleitoral. A ação foi proposta pelo candidato de oposição, Frederico Fonseca.
Westphal também era o reitor em exercício da instituição, até a última terça-feira. Ele assumiu no lugar de Irineu Colombo, cujo mandato havia sido prorrogado de maneira irregular desde 1.º de maio de 2014, segundo entendimento da Justiça Federal.