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Denúncia

Relator de CPI envolve PIC em caso de escutas ilegais

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo, deputado estadual Jocelito Canto (PTB), afirmou, em entrevista exclusiva ao jornal Gazeta do Povo, que uma das primeiras investigações da comissão será a da morte do policial civil Mauro de Castro. Antes de ser morto, Castro teria dito que usava a estrutura da PIC para serviços paralelos de grampo.

A informação do deputado foi dada com base em um depoimento prestado ao Ministério Público Federal pelo investigador particular curitibano Sérgio Rodrigues de Oliveira. Em agosto de 2005, Oliveira disse prestar serviços para o policial, fotografando e seguindo pessoas.

Castro usaria a estrutura da PIC para serviços paralelos de grampos. O policial teria dito ao "araponga" que gravou o juiz federal Sérgio Moro. O caso se tornou nacionalmente conhecido e resultou na prisão do advogado Roberto Bertholdo, já sentenciado pela Justiça por ter encomendado a escuta ilegal. Saber como esse grampo foi feito é uma das principais metas da CPI, declarou o relator.

Na entrevista à Gazeta do Povo, Jocelito Canto também falou sobre os depoimentos de hoje, com os procuradores Dartagnan Cadilhe Abilhôa e Paulo Kessler, que integram a Promotoria de Investigações Criminais (PIC) e sobre a desavença entre Abilhôa e o secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, que também deve ser convocado para depor. Mas só depois de ser ouvido o policial Délcio Rasera, que será o próximo a ser chamado.

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