São Paulo Os investigadores da Aeronáutica começam no mês que vem a esclarecer os pontos-chave que contribuíram para a tragédia com o vôo 1907 da Gol, ocorrida em 29 de setembro numa área de mata fechada no norte do Mato Grosso. Nos próximos dias, o coronel Rufino Ferreira, presidente da comissão que apura as causas do acidente, divulgará o segundo relatório parcial sobre a colisão que deixou 154 mortos. Pela primeira vez, os técnicos trarão detalhes sobre o funcionamento dos equipamentos de comunicação (rádio) e navegação (transponder) do Boeing e do jato Legacy.
Esse, porém, é apenas o primeiro dos quatro "pontos focais" destacados no início das investigações pela Força Aérea Brasileira (FAB) para se chegar às causas do maior acidente da história da aviação civil brasileira. Já se sabe, por exemplo, que nenhum dos dois transponders antenas que emitem sinais para os radares em terra e outras aeronaves apresentou falhas durante o vôo. Na visão de peritos, isso reforça a suspeita de um desligamento acidental por parte dos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino.
Mas são nos detalhes ainda obscuros que se escondem as grandes dúvidas sobre o acidente. Afinal, por que os pilotos do jato, mesmo sabendo que as regras no Brasil são diferentes das dos Estados Unidos, ignoraram o plano de vôo, guiando-se apenas pela autorização de vôo fornecida pela torre de controle de São José dos Campos? Para tentar responder a essa pergunta, a comissão de investigação fará uma revisão completa das normas e procedimentos vigentes no país.
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