| Foto: Raul Santana/Fiocruz Imagens

O excesso de repelentes pode gerar intoxicação e danos hepáticos. Ainda assim, seu uso diário é recomendado para evitar não somente que a própria pessoa contraia o vírus zika como para frear a disseminação da doença.

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“Se um mosquito sem vírus pica uma pessoa com zika, é a pessoa quem transmite o vírus para o mosquito, por isso é crucial que os infectados usem repelente para não se tornarem vetor da doença”, explica a dermatologista Heloisa Hofmeister.

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Oitenta por cento dos infectados, no entanto, não apresentam sintomas e não sabem se estão com zika.

O repelente deve ser aplicado sobre a roupa e em áreas expostas. “O correto é borrifar sobre o cabelo, na pele exposta e também na roupa. A picada pode atravessar inclusive tecidos grossos como o jeans”, explica Hofmeister. Não adianta usar repelente na pele coberta: a ideia é fazer uma nuvem de produto que afaste os mosquitos.

O Ministério da Saúde recomenda que grávidas usem camisas de manga longa. Segundo Hofmeister, a medida é complementar, mas pouco eficaz se a pessoa não aplicar repelente por cima da roupa.

“O tecido protege um pouco contra a picada, mas o mais interessante de usar manga comprida é poder passar o repelente na roupa em vez de usá-lo diretamente na pele, reduzindo o risco de intoxicação”, diz.

Em casa, é recomendável dispensar o repelente corporal, substituindo por produtos de tomada, ventiladores e telas nas janelas.

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Bebês com menos de seis meses não devem usar repelente e crianças entre seis meses e um ano podem usar produtos mais leves, à base de IR3535, a exemplo das versões infantis dos repelentes Johnson’s e Turma da Mônica. O problema é que esses produtos duram apenas três horas e só podem ser aplicados no máximo três vezes ao dia.