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CPI

Representante de ONG investigada por tráfico de pessoas depõe na PF

Adelino Souza, apontado como um dos representantes da Limiar, organização não governamental (ONG) suspeita de intermediar adoções internacionais irregulares, foi ouvido pela Polícia Federal, em Curitiba, na tarde desta quarta-feira (10). O depoimento faz parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, em andamento na Câmara dos Deputados.

Souza tentou explicar a atuação dele dentro da ONG Limiar, disse o vice-presidente da CPI, deputado federal Fernando Francischini (PEN-PR). "Ele falou que representa a ONG americana e não a brasileira, mas ontem [terça-feira], a CPI conseguiu provar que as duas são a mesma", afirmou. De acordo com o deputado, a ONG com CNPJ dos Estados Unidos foi criada somente para poder receber doações em dólar.

Francischini explica que a partir da Convenção da Haia, que determina regras para adoções internacionais, assinada pelo Brasil em 1999, nenhuma ONG brasileira tinha autorização para mediar adoções de crianças brasileiras por pais norte-americanos. Mas, segundo Francischini, há indícios de que a Limiar intermediou adoções em 2005. "O Ulisses Gonçalves [presidente da ONG] tinha obrigação de comunicar as autoridades sobre isso, ele está sendo investigado também por omissão", declarou o deputado.

Mais informações sobre a CPI e o depoimento de Adelino Souza serão repassadas à imprensa em coletiva programada para a tarde desta quinta-feira.

Mandados

Na terça-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão de documentos relacionados a uma investigação sobre tráfico de pessoas. A ação ocorreu na casa de Adelino Souza, no bairro Bigorrilho. A ONG é suspeita de intermediar a adoção irregular de sete crianças da mesma família de São João do Triunfo, no Centro-Sul do Paraná, por um casal norte-americano.

Conforme dados da CPI, a ONG intermediou a adoção internacional de 1,7 mil crianças brasileiras nos últimos 20 anos.

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