Brasília A última semana da campanha eleitoral deverá ser marcada pelo acirramento ainda maior da troca de acusações entre as campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Em desvantagem na disputa presidencial, a oposição deverá partir para o tudo ou nada.
A disposição da cúpula do PSDB e do PFL é explorar ao máximo a ligação do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, com os envolvidos no escândalo da compra do dossiê. O comando da campanha petista, por sua vez, se prepara para a guerra e acusa a oposição de querer "melar a eleição".
Até agora a oposição vinha evitando explorar na campanha eleitoral o suspeito negócio de R$ 5 milhões entre a Telemar e a Gamecorp, empresa de Fábio Luís, filho de Lula. Mas os pudores de não atacar familiares do candidato serão agora deixados de lado. Para o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), esse assunto deixou de ser um caso familiar.
"Lulinha (Fábio) é hoje um empresário milionário, sob suspeita de tráfico de influência. Não é mais um caso familiar. Isso precisa ser esclarecido", cobrou Tasso.
Esse assunto deverá ser alvo de inflamados discursos da oposição no plenário da Câmara e do Senado, assim como dos últimos programas eleitorais de tevê e rádio. Dificilmente Lula escapará de dar explicações sobre o tema também nos dois debates de que participará até o domingo, um amanhã na Record e outro na TV Globo, na sexta-feira.
O coordenador da campanha petista, Marco Aurélio Garcia, desqualificou as acusações contra o filho do presidente. Minimizou também as duas ligações telefônicas feitas por Gilberto Carvalho a Jorge Lorenzetti, um dos envolvidos no escândalo do dossiê. Segundo Marco Aurélio, o chefe de gabinete de Lula já deu todas as explicações sobre o assunto e as investigações deverão prosseguir no seu ritmo normal até o esclarecimento total do episódio.
A oposição, no entanto, considera que o envolvimento de Gilberto Carvalho seria a comprovação da participação de Lula no escândalo.
"O grau de envolvimento do núcleo mais próximo do presidente no escândalo não deixa alternativas para que Lula jogue a culpa em mais ninguém. Todo mundo sabe que o Gilberto Carvalho não escova os dentes sem Lula mandar. Esse é um assunto de moral pública, que tem de ser esclarecido também", reforça Tasso.
Marco Aurélio reagiu: "A derrota subiu à cabeça do senador Tasso. Primeiro, ele amargou uma derrota acachapante no Ceará e agora terá de se preparar para continuar sendo oposição".
Tapetão
Para o coordenador petista, a oposição tenta ganhar a eleição no tapetão. "Eles querem é melar a eleição", acrescentou.
Os dois candidatos à presidência deverão priorizar nessa última semana os três maiores colégios eleitorais do país. Lula encerra a campanha com um comício em São Paulo na quarta-feira, assim como Alckmin. O tucano deve voltar a Minas Gerais amanhã.
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