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operação trinca ferro

Reunião pode encerrar polêmica sobre troca

Uma reunião entre o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César Sobrinho, e o procurador-geral Olympio de Sá Sotto Maior, pode encerrar a polêmica sobre a possível troca de policiais que hoje atuam nas coordenações do Gaeco em todo o Paraná. O Ministério Público (MP) é contra qualquer substituição, alegando que a mudança prejudicará as investigações em curso.

"É inoportuno alguém pretender que no meio de 250 investigações se vá substituir aqueles que estão fazendo um trabalho eficaz. Mas o Ministério Público tem tranquilidade de que os policiais continuarão no Gaeco desenvolvendo o seu trabalho de combate à criminalidade e de controle externo da atividade policial", afirmou Sotto Maior, citando a Operação Trinca Ferro, que desarticulou ontem uma quadrilha de desvio de carga no estado como exemplo de sucesso da parceria.

O encontro, confirmado tanto pelo MP quanto pela secretaria, está marcado para a próxima segunda-feira. E deve discutir, segundo o procurador, o decreto estadual para institucionalizar a atuação do Gaeco e um novo termo de cooperação técnica com a Secretaria de Segurança "para dar estabilidade ao funcionamento do grupo", diz Sotto Maior.

A polêmica sobre a presença da polícia no Gaeco começou no último dia 12, quando o governador Beto Richa determinou a volta de todos os servidores públicos às lotações de origem, incluindo os policiais cedidos não só ao MP mas para outros órgãos estaduais. Após um encontro com Sotto Maior, o governador voltou atrás e liberou os policiais da obrigação, mas o comando da PM convocou todos eles para um recadastramento, o que, na prática, os tirou das funções onde estavam lotados.

O coordenador estadual do Gaeco, procurador Leonir Batisti, espera que a polêmica seja resolvida em breve. Ele diz ser contra as substituições. "Esses policiais têm uma experiência que não se obtêm rapidamente. É complicado trocar." Na opinião de Batisti, eventuais substituições devem ser analisadas com cautela. "Todo o Ministério Público é contra a substituição".

Colaborou Heliberton Cesca

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