O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, anunciou nesta segunda-feira (29) que fechou um contrato com uma universidade particular para garantir alojamento para a Força Nacional de Segurança (FNS) e viabilizar a volta do efetivo de 400 homens para o patrulhamento no Estado. "Fizemos um contrato com a universidade em regime de comodato, vamos reestruturar um prédio e trazer a FNS de volta ao Rio", declarou Beltrame, após a missa de Ação de Graças em homenagem ao dia do policial civil. Os últimos policiais da FNS deixam o Rio nesta segunda.
A permanência da FNS durou um ano e nove meses e esgotou o prazo legal de 180 dias. No entanto, o motivo mais forte para a saída do efetivo federal foi o Exército ter requisitado as instalações onde os policiais estavam hospedados. A Assessoria da Secretaria Nacional de Segurança Pública confirmou as negociações com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, mas informou que a colaboração da força federal deve acontecer "em outro formato".
Na avaliação de integrantes da cúpula da Segurança Pública, a FNS, formada por policiais militares de outros Estados, não colaborou com as incursões em megaoperações policiais, mas ajudou no patrulhamento ostensivo em áreas cujo efetivo da Polícia Militar é insuficiente, como os acessos ao Complexo do Alemão.
Nos arredores do conjunto de favelas, os policiais da FNS permaneceram durante quase todo o período de ocupação entrincheirados atrás de sacos de areia. Logo nos primeiros dias de ocupação, eles foram alvos de tiros disparados por criminosos do alto do morro. Ninguém ficou ferido, mas os agentes optaram por erguer barreiras de proteção contra os disparos.
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