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Militares ajudam a resgatar vítimas dos escombros deixados pela enxurrada que varreu a região serrana do Rio | Mauricio Lima / AFP
Militares ajudam a resgatar vítimas dos escombros deixados pela enxurrada que varreu a região serrana do Rio| Foto: Mauricio Lima / AFP

Em SC, 3 mil estão fora de casa

São Paulo - O temporal que atingiu Santa Catarina entre o início da noite de terça-feira e a madrugada de ontem obrigou cerca de 3 mil pessoas a deixarem suas casas. Mais de 20 mil pessoas foram afetadas pelos alagamentos e deslizamentos de barreiras em quatro municípios – Criciúma, Forquilhinha, Siderópolis e Nova Veneza. Pelo menos outras 12 cidades foram atingidas. As cidades – a maioria no Sul catarinense e na Grande Florianópolis – sofrem com falta de energia e de água e enfrentam problemas de transporte e comunicação.

Em Florianópolis, segundo a Defesa Civil municipal, ruas ficaram alagadas, casas desmoronaram e houve queda de barreiras. Em Criciúma, há 2,5 mil pessoas desalojadas (em casas de parentes ou amigos) e 200 desabrigadas.

Folhapress

Temporal faz mais uma vítima em Minas

Belo Horizonte e São Paulo - Dezoito pessoas já morreram por causa das chuvas em Minas Gerais. A última vítima foi encontrada ontem pelo Corpo de Bombeiros – um homem que foi arrastado pelas águas de um manancial em Jaboticatubas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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Rio de Janeiro - A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, disse ontem que dados de estações pluviométricas do órgão indicam que chuvas com a intensidade da semana passada, que causaram a morte de pelo menos 744 pessoas na região serrana do Rio de Janeiro até a noite de ontem, têm probabilidade de ocorrer a cada 350 anos. Segundo ela, o temporal foi totalmente atípico e resultados de estações do Inea contrariam dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O volume foi maior que o divulgado, afirmou Marilene. A direção do Inmet não foi localizada para comentar a declaração.

Segundo o Inea, os dados do Inmet relativos a Teresópolis – que indicaram precipitação de 124,6 mm num período de 24 horas (a partir de zero hora do dia 11) – foram baseados em uma estação distante do núcleo de maior intensidade de chuva no município. Em Nova Friburgo, onde o Inmet registrou 182,8 mm, o resultado está mais próximo dos dados coletados pelo Inea.

"Se avaliarmos o volume de precipitação no período de 24 horas a partir de 20 horas do dia 11, nossas estações situadas no núcleo da chuva apontam 249 mm e 297 mm", afirmou Marilene. "Não temos condições de afirmar que foram as mais fortes chuvas já registradas na serra. Mas, com certeza, pelas características dos deslizamentos e escorregamentos, podemos afirmar que esses níveis de precipitação foram os verificados nas regiões atingidas de Teresópolis, Nova Friburgo e no Vale do Cuiabá, em Petrópolis."

Marilene disse que o sistema de alerta de Nova Friburgo é composto por cinco estações pluviométricas e hidrológicas (que apontam o nível dos rios). A sexta estação foi perdida durante a tempestade. O sistema dispara mensagens de celular em três níveis: atenção, alerta e alerta máximo. O primeiro alerta de atenção, no dia 11, foi expedido às 18h30. Já o alerta máximo foi divulgado por volta de 00h45 do dia 12. Segundo Marilene, eles foram recebidos pela Defesa Civil de Nova Friburgo.

O sistema de alerta foi implementado em 2008 e abrange, além de Nova Friburgo, Macaé e a Baixada Fluminense, com previsão de extensão a Petrópolis e Teresópolis. Funciona com base em dados de satélite fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Prejuízos

Devastadas, as cidades da região serrana também sofreram o esvaziamento de uma de suas principais atividades econômicas, o turismo: 95% das reservas até o fim de janeiro foram canceladas e 80% até o final do verão. O setor contabiliza perdas de R$ 50,4 milhões só em faturamento dos hotéis. O pior prognóstico é para o centro de Nova Friburgo. A maior atração, o teleférico, foi danificada, e hotéis tiveram desabamentos ou estão sem acesso.

A Federação das Indústrias do Rio (Firjan) calcula perdas de R$ 153,4 milhões na produção, em matéria-prima e produtos estocados.

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