Água mineral
Aumento desenfreado do consumo muda rotina de distribuidoras
O aumento do consumo de água mudou a rotina de distribuidoras de água mineral no Paraná. Uma empresa de Ponta Grossa está vendendo 100 mil litros de água por dia 20 mil a mais do que o normal. A procura fez o proprietário Ronaldo Dijkstra aumentar o horário de expediente em duas horas a mais por dia e contratar mais cinco funcionários. A empresa tem seis anos e o movimento nunca foi tão intenso.
Em Curitiba, proprietários de distribuidoras afirmaram que o prazo para entrega dos galões por parte das empresas aumentou consideravelmente. "Antes, eu pegava os galões de um dia para o outro. Hoje, demora-se de quatro a cinco dias dependendo da fonte", diz Marco Alexandre Salgado, responsável por uma empresa que atua no jardim das Américas. O motivo do prazo maior de espera, segundo outros dois empresários ouvidos pela reportagem em Curitiba, é que a demanda aumentou 30% na comparação com as vendas do mesmo mês do ano passado.
Impossível
Calor recorde faz escolas de Santa Catarina adiarem volta às aulas
Folhapress
Em meio a uma onda de calor recorde e temperaturas próximas aos 40° C, o governo de Santa Catarina decidiu adiar o início da aulas de 279 mil alunos da rede estadual.
Para eles, as atividades só serão retomadas no dia 17 de fevereiro, cinco dias após a data prevista inicialmente.
A mudança vale para as escolas estaduais das regiões da Grande Florianópolis, de Blumenau, Joinville, Tubarão, Criciúma, Itajaí, Brusque e Araranguá.
Nas demais regiões do estado, o calendário escolar foi dividido em duas datas: uma parte retoma as atividades hoje; e a outra, na quinta. Segundo a Secretaria da Educação, a decisão de adiar o início das aulas em algumas cidades ocorreu após consulta ao órgão de meteorologia do estado. A maior temperatura foi registrada na última sexta-feira em Criciúma (40,4° C). É a maior onda de calor dos últimos cem anos em SC.
Sete municípios do Paraná enfrentam racionamento de água devido ao aumento da demanda, que subiu até 10% em janeiro em algumas regiões do estado. O baixo nível dos reservatórios, devido ao calor excessivo e à falta de chuvas, contribui para a situação.
O rodízio segue por tempo indeterminado e atinge intensamente as cidades de Santa Tereza do Oeste (incluindo o distrito de Santa Maria), Francisco Beltrão, Assis Chateaubriand e Toledo, todas no Oeste do estado.
Em Guarapuava, na região Central, o rodízio começou no último dia 5 e ainda se mantém. De acordo com a companhia de saneamento, o racionamento não atinge hospitais da cidade. O Núcleo Regional de Educação em Guarapuava solicitou aos alunos, no retorno às aulas ontem, que tragam uma garrafinha cheia de água de casa para evitar o consumo da água das escolas.
Já em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o rodízio está previsto para, no mínimo, até a próxima sexta-feira. Na cidade, a Sanepar corta o fornecimento de determinados bairros durante 24 horas. O gerente geral metropolitano e de litoral da Sanepar, Celso Thomaz, lembra que neste período é importante que a população racione o uso de água para evitar danos ao sistema de fornecimento.
Cuitiba
A falta d´água pode chegar a Curitiba nos próximos dias se a chuva, prevista para o fim de semana, não vier. Moradores de Almirante Tamandaré, na região metropolitana, disseram que vem sofrendo cortes constantes no fornecimento desde o final de janeiro alguns contabilizaram seis horas sem água. Também há relatos de desabastecimento pontuais na capital em regiões do Bairro Alto, Tingui e Atuba.
A Sanepar não confirmou a previsão de racionamento em Curitiba e região e também não informou o nível atual das barragens de Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna. Mas a companhia admitiu que o fornecimento está comprometido em determinados períodos do dia na vizinha Quatro Barras.
Novos cortes
O número de municípios com sistema de rodízio deve aumentar nos próximos dias. O escritório da Sanepar em Arapongas, no Norte, confirmou ontem que o município adotará o rodízio, mas ainda não há uma data para o início do procedimento. O dia, bem como os bairros que serão abrangidos, será definido amanhã. Já em Apucarana, também no Norte, o abastecimento pode sofrer cortes pontuais nos próximos dias, já que o reservatório está com o nível baixo.
Vidas secas
Sem piscina
Fotos: Hugo Harada/Gazeta do Povo
Se o rodízio de água não acabar, as brincadeiras aquáticas dos netos de Francinete Luca da Silva, 60 anos, terão de ficar para 2015. Isso porque a pequena piscina plástica das crianças está sendo utilizada para armazenar água para o banho diário da família, que vive em Almirante Tamandaré. "Quase todo dia, ali por volta das 10 horas, a água tem acabado e só volta no final da tarde. Por isso, quando tem [água], enchemos a piscina para garantir o banho do dia seguinte", afirma, para tristeza dos netos Natanel, 9, e Vítor, 2.
Consciência
Moradora de Almirante Tamandaré há 30 anos, Lourdes Proença, 59, disse nunca ter passado por um racionamento de água semelhante ao vivido neste ano. "De duas semanas para cá, quase todo dia falta água", afirma a dona de casa, para quem um comportamento consciente poderá reduzir o impacto da falta de chuvas regulares. "Guardo toda a água da máquina de lavar para limpar a casa. Todos têm de fazer sua parte".
Vale Tudo
A dona de casa Marli Teresinha Rodrigues, que mora na região de Uvaranas, em Ponta Grossa, tem usado a criatividade e a economia para não ficar sem água. "Eu guardo água nas vasilhas e até nas chaleiras", conta Marli, que deixou de molhar a horta para economizar água. "Só estou usando para caso de necessidade mesmo."
Chuva
O clima deve mudar a partir de amanhã, devido a uma frente fria. O bloqueio atmosférico será desfeito e as temperaturas médias nas cidades devem cair cerca de 10 graus. A partir do fim de semana, chuvas contínuas poderão aliviar a situação dos reservatórios.
Curitiba
A reportagem não encontrou cortes generalizados na capital, mas moradores de dois bairros contaram ter sofrido com o desabastecimento de água na última semana. Raquel Sauerbier, 48 anos, disse ter enfrentado o problema entre os dias 3 e 4. "Não foi por conta de alguma manutenção, porque nesses casos eles avisam. Deve ter sido por causa do calor", afirma a dona de casa, que mora na Rua Hermínio Cardoso, no Tingui. Já o empresário Felipe Bentz, 24, disse ter percebido o corte em três dias diferentes da semana passada entre as 7 e 11 h em duas oportunidades e também entre as 17 h e 19 h em outra ocasião. "Não sofremos porque temos poço, mas foi perceptível que a água da rua não estava chegando", conta o morador da Rua Sebastião Alves Ribeiro, no Bairro Alto.
Sem banho
No Jardim Granado, também Almirante Tamandaré, Marcelo Pedro Orowicz, 49 anos, passou dois dias da semana passada sem banho. Como não tem caixa dágua em casa, o porteiro acabou sem qualquer alternativa quando, segundo ele, a Sanepar cortou o fornecimento em uma espécie de rodízio de desabastecimento entre os bairros da região. "Liguei na empresa e eles me disseram que estava sem água porque os reservatórios estão com o nível baixo. Mas eu não tenho nada com isso, porque eles precisam se planejar para essa época do ano", reclama.
Reservatório de SP tem o menor volume da história
Agência Estado
O volume de água armazenado no Sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e parte da região de Campinas, caiu mais e atingiu, ontem, 19,6% da capacidade, conforme informações disponíveis no site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No domingo, esse nível estava em 19,8% e já era considerado o mais baixo já registrado pelo sistema, por causa das chuvas abaixo da média para o período.
De acordo com o levantamento diário da Sabesp, o volume de chuva acumulado para o mês no sistema é de 2 milímetros, ante média histórica de 202,6 milímetros nos meses de fevereiro.
A Sabesp informou que o fato do sistema Cantareira estar abaixo dos 20% não altera as medidas operacionais da companhia. "Apesar de ser o menor índice da história do sistema, a companhia espera as chuvas previstas para a segunda quinzena de fevereiro", afirmou.
Emergência
O governo federal reconheceu situação de emergência em 11 municípios da Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Estão na lista as cidades de Guaratinga (BA), por enxurradas; Balsas, Bom Jardim, Pirapemas, Santa Luzia e Tufilândia (MA), por estiagem; Januária (MG), por estiagem; Ipanema e Turmalina (MG), por chuvas intensas; Jupiá (SC), por enxurradas; além de David Canabarro (RS), por granizo.
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