Atualizado em 14/11/2006, às 13h10
O trânsito continua interditado na frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Rua Dr. Faivre, entre as Avenidas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava, na manhã desta terça-feira.
Uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde a manhã desta segunda-feira deixa a região perto da Rodoferroviária de Curitiba bastante alterada.
Integrantes do MST estão reunidos com representantes do Incra-PR na manhã desta terça-feira, discutindo a pauta do movimento que se refere ao Paraná. Segundo a assessoria de imprensa do Incra, a previsão é que a reunião termine somente à tarde.
Participam da assembléia a chefe de divisão de desenvolvimentos de projetos de assentamentos do Incra, Maria Cristina Casagrande, e o chefe de divisão de obtenção de terras, Nilton Bezerra Guedes, também do Incra. Os sem-terra reivindicam o assentamento das famílias acampadas no estado e a atualização dos índices de produtividades, para agilizar o processo de desapropriação das áreas.
Os manifestantes também negociam com o governo do estado a ampliação das Escolas Itinerantes nos acampamentos do MST. No início da manhã desta terça, os integrantes do movimento realizaram uma passeata até a sede do Tribunal de Contas da União (TCU), que fica também na Dr. Faivre, nº 105, para solicitar audiência com objetivo de discutir a assistência técnica nos assentamos, bloqueada pelo órgão.
Os trabalhadores sem-terra foram recebidos pelo Secretário de Controle Externo Rafael Blanco Muniz e o Chefe da 1ª Divisão Técnica, Luiz Gustavo Gomes de Andreole, e marcaram audiência para quinta-feira (16), às 10 horas, no TCU.
Os assentados, questionam o cancelamento do convênio de assistência técnica para 13 mil famílias assentadas no Paraná.
Acampamento
A estimativa é que 350 integrantes do MST, de várias regiões do estado, estejam participando da manifestação.
Oito ônibus estão estacionados em frente ao Incra e os trabalhadores sem-terra fizeram um acampamento ao redor do órgão. Foi negociado a utilização da água e dos banheiros da sede do Incra para os manifestantes, que não têm data para sair.
"Se não conseguirmos as nossas reivindicações vamos continuar aqui por tempo indeterminado", afirmou a coordenadora do MST no Paraná, Solange Luíza Parcianello, em entrevista à rádio CBN.
Veja imagens da manifestação em Curitiba
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