A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) negou nesta quarta-feira (12) que a abertura das comportas da barragem Paulo de Paiva Castro, pertencente ao Sistema Cantareira, tenha sido a causa da enchente que há quase dois dias deixa submersa boa parte da cidade de Franco da Rocha.
De acordo com a empresa, o município já estava inundado antes do aumento da vazão da barragem que, segundo a companhia, evitou um cenário mais trágico. "Essa inundação não teve absolutamente nada a ver com o sistema de represas", garantiu o diretor da Sabesp responsável pela região metropolitana de São Paulo, Paulo Massato. De acordo com ele, a barragem ajuda a reter uma vazão de 145 metros cúbicos por segundo proveniente das bacias do Sistema Cantareira.
O diretor explicou que a empresa passou a liberar parte da água da barragem às 9 horas de ontem, quando a cidade de Franco da Rocha já estava alagada pelo transbordamento do Rio Juqueri. Antes disso, a vazão era de 1 metro cúbico por segundo. De acordo com Massato, a vazão na manhã de ontem passou para 15 metros cúbicos por segundo, tendo chegado por volta da meia-noite de hoje a 50 metros e depois a 80 metros cúbicos por segundo durante a manhã de hoje.
Segundo o diretor, a partir daí o volume de água vem diminuindo. A previsão, de acordo com o diretor, é de que a vazão caia para 10 metros cúbicos por segundo por volta das 20 horas de hoje, um volume de água que a calha do Rio Juqueri comporta. "Se não chover mais", ponderou.
Aviso
Segundo Massato, a Defesa Civil de Franco da Rocha foi avisada de toda a operação em todos os momentos. "O tempo todo tivemos contato direto com a Defesa Civil de Franco da Rocha. Inclusive quando a vazão passou de 15 para 50 metros cúbicos por segundo a Defesa Civil estava junto com a Sabesp", explicou. "Nesse momento, a chuva rapidamente encheu a barragem. Tivemos de tomar uma decisão muito rápida e a Defesa Civil foi avisada imediatamente".
De acordo com ele, outra medida tomada pela Sabesp para evitar mais problemas foi a retirada da água do sistema por meio da distribuição de água na Região Metropolitana de São Paulo, feita pela Estação de Tratamento de Água do Guaraú.
O diretor da Sabesp explicou que não é possível fazer obras para ampliar a capacidade da represa de reter a água. "O que tem de ser feito são obras para aumentar a calha do Rio Juqueri para que a água escoe mais rápido", apontou. "Todas as decisões tomadas foram no sentido de garantir a segurança da barragem", acrescentou.
De acordo com ele, como a barragem é feita de terra, como a maior parte das existentes no País, a represa não pode transbordar porque pode degradar a obra e causar uma tragédia maior. O presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, observou que o manejo da represa é feito no sentido de assegurar a segurança da barragem. "Procuramos sempre ter diálogo com as prefeituras e, quando há transtornos, buscamos todos os meios de mitigá-los", afirmou.
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