Sacrifício de 84 animais com suspeita da doença começa com atraso

O sacrifício dos 84 animais da Fazenda Flor do Café, em Bela Vista do Paraíso, Norte do estado, começou por volta de 11h desta sexta-feira. A propriedade foi decretada pelo Ministério da Agricultura como um dos sete focos de febre aftosa no Paraná.

O cronograma da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) previa o início dos trabalhos para as 8h, mas os integrantes da Comissão de Necropsia, que acompanham o sacrifício, chegaram por volta de 10h30 de Maringá (Noroeste). Com um atraso de quase três horas, o sacrifício deve terminar no início da tarde.

De acordo com o assessor da Seab, os procedimentos do sacrifício na Fazenda Flor do Café serão os mesmos adotados na Fazenda Pedra Preta e da Cesumar, em Maringá, na quarta-feira. Os animais serão mortos a tiros por três policiais militares. Mas desta vez, para minimizar o sofrimento, os animais tomaram tranqüilizantes.

Após o sacrifício, os integrantes da Comissão de Necropsia farão a coleta das vísceras de dois animais da Flor do Café. A previsão é que o material colhido nas três fazendas (Cesumar, Pedra Preta e Flor do Café) seja enviado de avião ainda nesta sexta-feira para o laboratório do Pan-Aftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa) no Rio de Janeiro.

A necropsia foi uma exigência dos pecuaristas para liberar o sacrifício. Assim como o governo do estado, os pecuaristas contestam a presença da doença e por meio desta análise querem provar cientificamente ao Ministério da Agricultura que o Paraná não tem febre aftosa. O resultado da análise deve sair em 15 dias. No sábado, segundo cronograma da Seab, acontece o sacrifício de 43 animais da propriedade Santa Isabel, em Grandes Rios. Já os 6.198 animais das Fazendas Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte), Alto Alegre e São Paulo, as duas últimas no município de Loanda, serão sacrificados na semana que vem, sem data confirmada.

Somente após a morte do último dos 6.705 animais das sete fazendas com suspeita de foco, é que será iniciada a contagem de 180 dias para que o Paraná reconquiste o status de área livre de febre aftosa com vacinação.

Veja na reportagem em vídeo quais os procedimentos tomados nesta sexta para o abate