Veja como foi o reencontro dos estudantes com os familiares na chegada a Curitiba
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Os grupos de estudantes que estavam isolados na cidade de Gaspar, região de Blumenau, por causa das fortes chuvas em Santa Catarina, chegaram ontem a Curitiba. Cerca de 120 estudantes dos colégios Estadual do Paraná, Padre Silvestre Kandora e Robert Langer Júnior, todos de Curitiba, foram a um passeio no Parque Aquático Cascanéia no sábado com a intenção de retornar no mesmo dia. Entretanto, quedas de barreiras nas rodovias BR-470 e SC-470, que dão acesso a Gaspar, impediram o retorno dos três ônibus que levaram os estudantes.
Às 11 horas de ontem, o grupo de 27 estudantes do Estadual saiu do parque. Eles caminharam por cerca de dez minutos por uma trilha na mata, na margem de um rio, sob a coordenação de bombeiros do Paraná enviados para auxiliar a Defesa Civil catarinense. Depois, os estudantes se encontraram em uma estrada rural com homens do Exército, que os levaram numa caminhonete até o outro ônibus cedido pela empresa contratada para o passeio. Às 19 horas eles chegaram ao Colégio Estadual, para alívio dos pais.
O casal Ailton José Tarnowsk e Terezinha Gonçalves foi receber os filhos Aílton Júnior, 20 anos, e Jeferson, 17. "Eu não estava conseguindo dormir sabendo que eles estavam lá e ouvindo notícia de tanta coisa ruim em Santa Catarina", afirma o pai. Segunda-feira, Terezinha ficou tão preocupada com os filhos que chegou a ter uma crise nervosa e ir para o hospital. "Minha pressão baixou muito de tanta preocupação", relata.
Segundo Jeferson, o pior momento foi na explosão do gasoduto Brasil-Bolívia, que fica a aproximadamente cinco quilômetros do parque. "Foi uma correria geral. A gente ouviu a explosão e logo viu o clarão, que de tão forte parecia que estava de dia", relata o estudante. A explosão ocorreu às 22h30 de domingo.
Carlos Eduardo Souza da Cunha, 17 anos, diz que na hora da explosão todas as pessoas que estavam nos cerca de 80 ônibus do estacionamento correram para dentro do parque. "Nós não fomos porque nos disseram que lá dentro não havia mais espaço. Mas o barulho da explosão era de uma avalanche", afirma. Como o parque foi utilizado pela Defesa Civil para abrigar aproximadamente 600 desabrigados da região, os estudantes estavam dormindo nos ônibus.
Carlos afirma que no retorno para casa ele teve uma noção ainda pior do que está acontecendo nos municípios do Vale do Itajaí. "Eu vi bairros inteiros que desapareceram embaixo da água. Aquelas pessoas precisam de ajuda urgente."
Volta antecipada
Quatro alunos do Estadual decidiram se arriscar e voltar antes que os colegas. Por volta de meio-dia de segunda-feira, eles saíram do parque na companhia de um grupo de 15 turistas catarinenses e sob a orientação de um ex-bombeiro que é funcionário do parque. Eles caminharam por 15 minutos na mata, até uma estrada rural onde o pai de um deles os aguardava. "Chegamos a andar com água pelo joelho", afirma o estudante Richard Mölleken, 17 anos.
Para chegar aos estudantes, o gerente administrativo Marcelo De Lazari, pai de um deles, saiu de casa às 14 horas de domingo e chegou a Blumenau apenas à meia-noite. "Tive que pegar um desvio pela BR-116. Decidi ir buscar meu filho porque as informações estavam chegando aqui muito distorcidas", explica.
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