A Sanepar encerrou nesta terça-feira (8) os reparos na tubulação do Sítio Cercado, que provocou um rodízio de água em 11 bairros de Curitiba e região metropolitana (RMC) desde segunda-feira (6). A obra foi necessária para consertar um rompimento na tubulação. Mesmo encerrados os trabalhos, o rodízio está mantido até quinta-feira (10) em oito bairros de Curitiba.
Os moradores dos bairros Pinheirinho, Sítio Cercado, Tatuquara, Umbará, Cidade Industrial, Campo de Santana, Caximba, e Ganchinho podem ficar sem água. Segundo a assessoria de imprensa da Sanepar, alguns bairros devem ser afetados parcialmente. (Confira a escala no box).
Feitos os reparos, a empresa começou a realizar a carga da adutora. A expectativa é que os reservatórios estejam com bons níveis de água até a manhã de quarta (9).
De acordo com a Sanepar, unidades de saúde, creches e escolas nos bairros afetados estão sendo abastecidas por caminhões-pipa.
Rompimento
O rompimento de uma tubulação foi detectado no início na manhã de sexta-feira (4), no trecho entre a Rua Nova Cantu e a Estrada do Ganchinho. Equipes da Sanepar fizeram a troca do tubo que apresentava vazamento, mas, pouco depois, outro ponto da tubulação se rompeu.
A orientação aos moradores desses bairros é para que reduzam o consumo enquanto o abastecimento não estiver normalizado. Para tirar dúvidas dos usuários, a companhia disponibiliza o telefone 115. Os consumidores devem ter uma fatura em mãos, pois serão solicitados alguns dados.
Problema recorrente
A adutora que estourou liga a estação de tratamento do Arujá, em São José dos Pinhais, região metropolitana, ao reservatório do Tatuquara, na capital. De lá, a água é distribuída a bairros da região. Por isso, além do Sítio Cercado, Campo Santana, Caximba, Cidade Industrial, Ganchinho, Pinheirinho, Tatuquara e Umbará também tiveram o abastecimento afetados.
Os moradores reclamam que nos dois anos anteriores 2009 e 2010 a mesma tubulação se rompeu, causando transtornos semelhantes. "Eu não sei se é a qualidade dos tubos que não é boa. Mas todo ano é isso", diz Marcelo Henrique.
O gerente-geral da Sanepar para Curitiba e região metropolitana, Celso Thomaz, disse que o material das tubulações seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). "Existem outros tubos mais resistentes, mais robustos que talvez não tivessem se rompido, mas não podemos dizer que essa foi a causa do acidente", afirmou. Segundo moradores, técnicos da companhia informaram que os tubos rompidos eram de plástico e que estão sendo substituídos por tubulação de ferro fundido. A informação não foi confirmada oficialmente pela Sanepar.
Thomaz disse que ainda não é possível afirmar qual foi a causa dos sucessivos rompimentos de tubulação na área. Ele informou que os tubos substituídos vão ser analisados pela Sanepar, para que a companhia saiba o que provocou o estrago. "Aí poderemos saber se foi por alguma causa externa, se foi por causa do material, ou se foi por algum deslocamento interno", disse.
Segundo moradores, técnicos da Sanepar informaram que o ponto afetado se encontra em um declive, que não estaria suportando a pressão da água.