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SAS é criticado por demora para consultas eletivas; repasses estavam atrasados

Demora para ter atendimento médico, dificuldades em agendar consultas e baixa abrangência geográfica. Essas são as principais queixas dos 396 mil beneficiários do Sistema de Assistência à Saúde (SAS) do governo do Paraná. Para piorar, a falta de repasse do poder público aos hospitais contratados comprometeu o atendimento em todo o estado durante os primeiros meses deste ano. Na maioria dos hospitais, apenas casos de urgência foram atendidos.

A situação começou a ser normalizada no último dia 26. Devido ao atraso do pagamento, a Santa Casa de Ponta Grossa, por exemplo, ficou desde janeiro sem receber pacientes beneficiários do sistema.

Outro problema é a falta de cobertura do SAS na maior parte do estado. Mais de 90% do território paranaense não está coberto pelo programa. Das 399 cidades do Paraná, apenas 33 têm hospitais que prestam serviço de atendimento aos servidores estaduais. Como poucos municípios têm oferta de atendimento, os servidores de outras localidades precisam se deslocar aos polos que oferecem o serviço.

Para piorar o cenário, algumas cidades que deveriam ter convênio com o SAS não possuem nem sequer médicos credenciados. Isso ocorre em Palmas, no Centro-sul do estado. Mesmo sendo considerada uma mesorregião do SAS, a cidade não possui clínicas médica e pediátrica credenciadas. O município mais próximo para conseguir atendimento é Pato Branco, a 89 quilômetros.

Críticas

A demora para conseguir uma consulta médica também é alvo constante das críticas dos beneficiários. Segundo relatos dos usuários, o tempo de espera para uma consulta pode variar de 30 a 90 dias. Foi o que aconteceu com Janete Luft, moradora de Teixeira Soares, no Sudeste do Paraná.

“Quando a gente procura um médico é porque está precisando. Esperar tudo isso para ser atendido é muito tempo. É preferível ir a um posto de saúde e usar o SUS [Sistema Único de Saúde]”, diz.

Ela conta que, devido à demora no atendimento, o marido deixou de usar o SAS e agora faz tratamento ortopédico pela rede pública. “Todos os exames estão sendo pelo SUS e até agora está indo mais rápido, por incrível que pareça”, afirma.

Em Curitiba, apesar de o tempo de espera para atendimento não ser tão longo – uma consulta eletiva pode demorar até 40 dias para ocorrer –, a demora também é motivo de reclamação dos usuários. “Às vezes, a consulta demora um mês. É muito tempo e isso poderia ser melhorado”, comenta o servidor aposentado Eliseu Alves Muzel.

A mesma reclamação é feita pela beneficiária Marli Alves. “O sistema é muito devagar, demora muito para marcar consulta e alguns exames. Com o dinheiro que o estado tem, isso poderia ser melhorado”, diz Marli.

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