Após informações divergentes sobre a toxicidade do composto gerado em explosão no porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, na noite desta terça-feira (24), o secretário de Defesa Civil do estado, Milton Hobus, reconheceu que a fumaça é "levemente tóxica" e "moderadamente perigosa". A informação é do portal G1 SC, divulgada na tarde desta quarta (25).

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Pela manhã, o órgão havia informado que a fumaça não era tóxica e sim oxidante. A professora do curso de Engenharia Química da PUC-PR e da UFPR Mônica Beatriz Kolicheski, junto com as professoras Tirzhá Lins Porto Dantas e Regina Maria Matos Jorge, também da Universidade Federal, certificaram a toxicidade da fumaça, que pode atingir o Paraná ainda nesta quarta.

Segundo as profissionais, o nitrato de amônio – um dos produtos compõe a fumaça gerada na explosão –, quando exposto a altas temperaturas, caso do incêndio, pode liberar gases nitrosos tóxicos, capazes de rapidamente provocarem problemas respiratórios agudos.

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Em entrevista ao site oficial do governo de SC, a supervisora do Centro de Informações Toxicológicas (CIT) da Secretaria de Estado da Saúde catarinense, Marlene Zannin, explicou que a dispersão das substâncias contidas na fumaça (nitrato de amônia, diafosfato de amônia e cloreto de potássio) provoca alguns efeitos agudos, como tosse, pele avermelhada, olhos lacrimejantes e doloridos, além de congestionamento das vias orais.

A orientação é sair da exposição à fumaça, ir para local arejado e tomar banho com água e sabão, lavando todo o corpo, inclusive o couro cabeludo e as mucosas nasais, para eliminar resíduos das substâncias. Se os sintomas persistirem ou se agravarem, a pessoa deve então procurar atendimento médico.