Entenda a doença
A doença do vírus Ebola (anteriormente conhecida como febre hemorrágica Ebola) é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até os 90%. Segundo informações do Ministério da Saúde, o vírus Ebola é introduzido na população humana por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados. Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.
O início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta são os sinais e sintomas típicos, que são seguidos por vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal e, em alguns casos, hemorragia tanto interna como externa.
O período de incubação, ou o intervalo de tempo entre a infecção e o início dos sintomas, pode variar de dois até 21 dias. Os pacientes tornam-se contagiosos apenas quando começam a apresentar os sintomas. Eles não são contagiosos durante o período de incubação. A confirmação dos casos de Ebola é feita por exames laboratoriais específicos.
Atualmente, a doença não tem cura comprovada e por isso o tratamento auxilia na manutenção do quadro clínico do paciente. Mesmo sem resultados comprovadamente científicos, nesta terça-feira (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso de drogas para o Ebola.
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Os dois casos de suspeita de Ebola no Paraná foram descartados nesta quarta-feira (13) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). As hipóteses de infecção pelo vírus foram detectadas em Londrina, na região Norte, onde duas pessoas apresentaram sintomas semelhantes aos da doença. Contudo, a mulher de 46 anos, que veio de Angola, e um homem de 61 anos, que veio de Togo, foram diagnosticados com cardiopatia e malária, respectivamente.
Segundo a Sesa, a suspeita de infecção nas duas pessoas surgiu porque os pacientes apresentaram mal-estar após voltarem de viagem à África. O resultado das investigações foi apresentado durante a reunião da Comissão Estadual de Infectologia, que discutiu as estratégias de prevenção e enfrentamento contra uma possível introdução do Ebola no Paraná. A reunião foi transmitida por videoconferência e teve a participação de mais de 600 profissionais de saúde de todo o estado, entre médicos, enfermeiros, representantes de hospitais, sociedades médicas e secretários municipais de saúde.
O surto de Ebola castiga a África Ocidental. Desde março, quando a doença começou a ganhar forçar, 1.013 pessoas morreram, entre eles um padre espanhol, de 75 anos, o primeiro europeu infectado pelo surto do vírus. Nesta quarta-feira, um importante médico da equipe que luta contra a doença em Serra Leoa, o doutor Modupeh Cole, morreu contaminado pelo vírus.
Os primeiros casos deste novo surto da doença surgiram na Guiné, e logo depois a epidemia se espalhou para Serra Leoa, Libéria e Nigéria.O Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão.
A superintendência de Vigilância em Saúde do Paraná disse que, mesmo com as hipóteses descartadas, o momento é de alerta e que o risco de introdução do Ebola no estado não pode ser desprezado.
Na semana passada, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, voltou a descartar qualquer suspeita de casos da doença no Brasil e considerou "improvável" a entrada de alguma pessoa infectada no país. Mesmo assim, o governo brasileiro começou a reforçar na última quinta-feira (8) os procedimentos em portos e aeroportos para a identificação de casos suspeitos.
Suspeita
A Secretaria de Estado da Saúde informou que será definido como caso suspeito de contaminação pelo Ebola todo paciente que apresentar febre alta e sintomas de hemorragia em até 21 dias após retornar de um dos quatro países africanos com surto.
O período de três semanas é utilizado por conta do prazo de incubação do vírus da doença. Ou seja, o paciente pode manifestar sintomas em até três semanas após a infecção.
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