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LBR Lácteos nega adulteração e afirma que lotes já foram recolhidos

Apesar de as investigações do MP-RS indicarem para a adulteração do leite, a LBR Lácteos nega que os produtos encaminhados ao Paraná e São Paulo sejam "batizados". Em nota encaminhada para a imprensa, a empresa alega que foi informada da suspeita de contaminação do lote de um dos fornecedores em 25 de fevereiro pelo Ministério da Agricultura.

Segundo a empresa, ao tomar conhecimento do possível problema, as embalagens foram recolhidas como uma "medida preventiva", sob determinação do Ministério. Na mesma nota, a LBR declara que realizou outros testes com amostras do leite dos lotes possivelmente contaminados e que não identificou nenhum problema.

Em um comunicado oficial, o Ministério da Agricultura informou que determinou o recolhimento do produto das prateleiras, mas que a LBR recorreu à Justiça para que não os retirasse das lojas. "Em função disto não podemos afirmar que o leite foi todo recolhido", afirmou o ministério em nota.

Já a empresa disse que o Ministério da Justiça determinou que ela tem até esta semana para apresentar provas suficientes para comprovar que não houve adulteração e que o recolhimento não será necessário.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) determinou nesta terça-feira (18) a suspensão da venda de dois lotes de leite UHT da marca Líder, pertencente ao grupo LBR Lácteos, suspeitos de conter formol em sua composição, que é prejudicial à saúde. A suposta adulteração foi apontada em uma investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) que foi deflagrada na última sexta-feira (14).

De acordo com o MP-RS, responsável pela operação Leite Compensado, cerca de 200 mil litros do produto, de um total de 300 mil, foram adulterados e encaminhados para uma distribuidora na cidade de Lobato, no Norte do estado, para a embalagem e distribuição aos consumidores. Já os outros 100 mil litros foram destinados à Guaratinguetá, no interior paulista, e vendidos com a marca Parmalat, segundo informou o Ministério Público.

A investigação apurou que o leite era "batizado" e resfriado pela empresa O Rei do Sul, em Condor, no interior do Rio Grande do Sul, de onde os caminhões com os carregamentos partiam para o envasamento nas cidades do Paraná e de São Paulo.

Por meio de nota divulgada pela Agência Estadual de Notícias, órgão oficial do governo do Paraná, a suspensão ocorreu depois de o Ministério da Agricultura informar à secretaria os números dos lotes supostamente adulterados, pertencentes ao Lob 04 D 06:00, de 13 de fevereiro, e o Lob 18 C 04:01, do dia 14 do mesmo mês.

Ainda segundo a pasta, os comerciantes devem recolher das prateleiras as caixas que pertençam aos lotes indicados. A secretaria recomenda que as pessoas evitem o consumo dos produtos.

A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, recomenda que caso tenham adquirido um produto do lote contaminado, os compradores devem entrar em contato com a empresa e solicitar a devolução do dinheiro. Se a pessoa passou mal pela ingestão do leite, Claudia afirma que os consumidores devem procurar o órgão para saber quais são as providências a serem tomadas contra o fornecedor.

Leite Compensado

A operação batizada de Leite Compensado teve início em maio do ano passado e flagrou, desde então, quatro esquemas de adulteração no Rio Grande do Sul. Os produtos seriam distribuídos para vários estados. Na composição para aumentar o volume foram encontradas substâncias como água, formol e ureia.

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