Um dia após a Operação Choque de Ordem recolher 47 pessoas na cracolândia da Favela do Jacarezinho, sendo 25 delas adolescentes, os menores voltaram ao local e nesta quinta-feira (9) chegaram a abordar o secretário municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, Fernando William. "Um menino de oito anos, que claramente parecia ser consumidor do entorpecente, bateu no vidro do carro e me pediu ´pelo amor de Deus, me dá dinheiro´", disse o secretário. Segundo ele, o consumo de crack no Rio é "uma epidemia comparável à da dengue".

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Hoje, 17 dos 25 menores recolhidos permaneciam nos abrigos. Três adolescentes eram de cidades no interior do Estado e foram enviados para abrigos em suas cidades. Cinco foram embora. O secretário de Assistência Social visitou os locais de ajuda. "No abrigo Raul Seixas, um menino contou que não comia há cinco dias e uma menina me pediu desculpas, mas disse que o crack a chamava", afirmou William.

O secretário avaliou como "alarmantes" as condições encontradas por assistentes sociais, policiais e agentes da 1ª Vara da Infância e Juventude na cracolândia do Jacarezinho. "Para conseguir a pedra de crack na favela, os meninos assaltam e as meninas se prostituem", disse William. Doze barracos onde os menores faziam programas, segundo ele, por R$ 10 ou por até R$ 2 foram demolidos.

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