O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, delegado federal Wagner Mesquita, negou que exista cultura da violência nas polícias paranaenses. Em entrevista por e-mail, intermediado pela assessoria de imprensa da pasta, ele defendeu o comportamento das instituições e ressaltou que as polícias do estado têm reconhecimento nacional por agirem de forma técnica e legalista.
Alvo da ONU, cultura da violência policial é respaldada pela sociedade brasileira
Leia a matéria completa“Dentro das polícias do Paraná não existe a cultura do bandido bom é bandido morto. Acredito que esta máxima existe na sociedade por causa de um conjunto de fatores, entre eles, o desempenho econômico do país e a sensação de impunidade que poderia ser amenizada com um processo criminal mais célere”, afirmou.
Para Mesquita, no entanto, é possível reduzir a morte de criminosos em confronto com a polícia. “É importante salientar que os confrontos se dão primeiro porque os criminosos estão cada vez mais armados, utilizando fuzil, metralhadoras e outras armas de grosso calibre, e por consequência estão mais ousados”, escreveu.
Além disso, ele acredita também que a presença de mais policiais nas ruas em horários com mais incidência criminal aumentam as chances de haver confrontos. O delegado explicou ainda que as polícias têm se capacitado cada vez mais no tema “Direitos Humanos”, com o objetivo de formar policiais cada vez mais preparados.
Impunidade
Policiais relatam “pressão” para matar
Leia a matéria completaO titular da pasta da Segurança Pública considerou que a impunidade está relacionada ao Poder Judiciário e à defasagem das leis brasileiras. Alguns especialistas ouvidos pela reportagem defendem que o ciclo de impunidade, que geraria uma “muleta” as pessoas que respaldam o justiçamento, está ligado ao baixo índice de solução de crimes no país. Segundo ele, a Polícia Civil tem cobrado dos delegados a melhora nos índices de elucidação de crimes contra a vida. “E esse índice de elucidação tem crescido, principalmente naqueles centros urbanos em que houve a instalação de uma delegacia especializada na investigação de homicídios”, afirmou.
Defesa
O advogado do investigador Newton Portela Franco, Cláudio Dalledone Júnior, afirmou que o depoimento de seu cliente ao Gaeco mostrou “claramente uma indignação de inocente”. Segundo ele, Franco mostrou que não cometeu crime nenhum e que a acusação que cai sobre ele partiu de criminosos.
“Isso o deixou muito revoltado. De repente, um homem que serviu à lei a vida inteira, tem sua casa invadida, devassada, tem sua honra colocada em xeque pelos principais órgãos de imprensa e enfrenta acusações de pessoas que não têm boa fé nenhuma nem dignidade”, afirmou.
Para Dalledone, a cultura da violência não existe nas polícias do Paraná. “Temos polícias severas. Polícias que enfrentam. A bandidagem tem mesmo medo da polícia no PR”, comentou. Segundo ele, a expressão “bandido bom é bandido morto” é um clichê que não faz parte do Paraná.
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