Apesar da greve, turmas do último ano de Medicina, Direito, Odontologia, Educação Física, Farmácia e Engenharia Civil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) conseguiram decisão judicial da 1.ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ponta Grossa para retomar as atividades. As liminares foram motivadas pela preocupação dos estudantes em garantir a formatura ainda em 2015, em função das datas já agendadas.
Os primeiros cursos a conseguirem o retorno foram Medicina, Direito e Odontologia, que deve retomar as aulas do quinto ano já na segunda-feira (22). No curso de Direito, as aulas do quinto ano voltaram no dia 10 de junho. O último ano de Medicina conseguiu a liminar ainda no fim de maio, dias depois da suspensão do calendário pelo Conselho Universitário, e manteve as atividades de estágio.
Agora, foi divulgada a garantia judicial para os alunos dos últimos anos de Educação Física, Farmácia e Engenharia Civil. A UEPG ainda não foi notificada dessa nova decisão, e não há previsão de quando o Conselho Universitário vai se reunir para discutir o assunto.
No caso do curso de Farmácia, os alunos entraram com o processo na tentativa de garantir a formatura e os estágios que realizam em indústrias da região, segundo a chefe do departamento de Ciências Farmacêuticas da UEPG, Josiane Padilha. A preocupação é completar as aulas do primeiro semestre para poder iniciar os estágios no segundo semestre. “Nós, professores, estamos aguardando a Universidade ser notificada da decisão e chegar a ordem para garantirmos o direito às aulas”, explica. O quinto ano do curso de Farmácia tem aproximadamente 40 estudantes. Ainda não há previsão de quando as aulas serão retomadas.
A Seção Sindical dos Docentes da UEPG (Sinduepg) já havia se posicionado contra as liminares durante a última assembleia docente. A entidade divulgou em nota que entende que as essas decisões judiciais se direcionam à direção da universidade, e não aos professores. “Ordenar a abertura do calendário para o último ano dos cursos não constitui, em hipótese alguma, ordem para que cada professor, individualmente, retorne à sala de aula”, diz a nota. O sindicato também destacou que a greve é um direito constitucional dos professores e que cabe à universidade oferecer as condições para cumprimento da decisão, sem infringir o legítimo exercício do direito de greve.
Greve
A paralisação nas universidades estaduais ainda não tem previsão para acabar. Os professores mantiveram a paralisação pelo pagamento integral de 8,17% de reajuste. A maior expectativa é com a votação de segunda-feira (22) na Assembleia Legislativa. Os sindicatos estão mobilizando os professores para participar da sessão da Alep e os professores têm se reunido com deputados estaduais em busca de apoio.
Professores da Unioeste, em Cascavel, devem ir a Curitiba na segunda e na terça-feira, segundo o integrante da direção do Sindicato dos Docentes da Udunioeste, Roberto Deitos. Hoje, membros do sindicato se reuniram com o deputado estadual Ademir Bier (PMDB) para discutir a pauta dos professores. “Tem todas as condições orçamentárias para que o governo coloque um fim nisso e pague os 8,17%”, diz.
Os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) fazem uma assembleia na terça-feira (23) para avaliar a greve, segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), Renato Barbosa.
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