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O primeiro laudo, divulgado 15 dias depois do acidente, também descartou falhas no sistema de segurança das portas | Daniel Derevecki  - Gazeta do Povo
O primeiro laudo, divulgado 15 dias depois do acidente, também descartou falhas no sistema de segurança das portas| Foto: Daniel Derevecki - Gazeta do Povo

A polícia ainda não sabe o que provocou a abertura da porta do ligeirinho da linha Araucária/Curitiba, que resultou na queda de uma passageira com o veículo em movimento. Um laudo complementar feito pelo Instituto de Criminalística (IC) descartou falhas no sistema de abertura das portas do ônibus. O acidente que matou a auxiliar de serviços gerais Cleonice Ferreira Gouveia, de 29 anos, completou seis meses no último dia 28. O primeiro laudo, divulgado cerca de 15 dias depois do acidente, também descartou falhas no sistema de segurança.

O laudo complementar foi entregue ao delegado Armando Braga de Moraes, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), na segunda-feira (3). Os peritos do Instituto de Criminalística apuraram que os sistemas elétricos e pneumáticos que controlam as portas estavam funcionando corretamente. "Nós ainda não conseguimos determinar o que provocou a abertura da porta", disse.

O delegado afirmou que a porta não foi aberta manualmente por alguém, nem acidental, nem propositalmente. "A principal testemunha, o vizinho, que estava a meio metro dela, falou que ninguém mexeu na válvula de acionamento da porta", contou.

Moraes disse que ainda aguarda o resultado de outros dois laudos - de necropsia e do local de morte - para concluir o inquérito. O próprio delegado não acredita que estes laudos ajudarão a explicar a abertura da porta. "São peças formais, que não vão trazer grandes novidades, neste sentido que estamos discutindo. Mas são partes importantes", disse.

Morte

Cleonice morreu atropelada após cair de um ônibus superlotado na Vila Verde, no bairro da Cidade Industrial de Curitiba, próximo à divisa com Araucária. O veículo estava em movimento e a porta abriu. Ela havia entrado no ônibus no Terminal da Vila Angélica, em Araucária, ia em direção a Curitiba.

Uma testemunha, que estava no mesmo coletivo e viu o momento em que a mulher caiu, contou que havia muita gente no ônibus e Cleonice foi empurrada contra a porta. A porta então teria cedido e ela caiu. Outro passageiro tentou segurá-la pela camisa, mas a roupa acabou rasgando.

Outros casos

Um homem ficou ferido ao cair de um biarticulado no dia 19 de maio, no bairro Alto da Glória, em Curitiba. O ônibus chegava a estação-tubo Maria Clara quando as portas se abriram com o veículo ainda em movimento. Perícia realizada por técnicos da Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa responsável pelo gerenciamento do transporte público na capital, apontou falha no sistema de segurança.

Já no dia 15 de junho, um motoboy foi atingido pela plataforma de uma das portas de um ônibus ligeirinho da linha Santa Cândida/Pinheirinho no centro da capital. O veículo estava parado no semáforo quando a plataforma abriu e atingiu o motoqueiro. O rapaz sofreu apenas um machucado leve na mão esquerda.

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