Sem acordo com o governo, greve dos servidores da saúde do PR continua

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Após uma reunião com representantes do governo estadual na tarde desta segunda-feira (24), o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (Sindsaúde-PR) informou que a categoria continuará em greve. A paralisação já dura seis dias.

De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, o sindicato dará um prazo de dois dias, a partir desta segunda, para que o Executivo estadual apresente "propostas concretas" para a categoria.

Em nota, a Agência Estadual de Notícias, órgão de comunicação oficial do governo, declarou que o governador Beto Richa autorizou a abertura de um edital para um concurso público que oferecerá de 1,5 mil a 2 mil vagas ainda neste semestre.

Além desta proposta, a agência noticiou que as secretarias da Saúde e da Administração e Previdência prometeram apresentar um decreto para regularizar o pagamento de diárias aos servidores da região metropolitana de Curitiba que precisam se deslocar até os hospitais; a não suspensão do estágio probatório para mulheres em licença-maternidade; e encaminhar o Quadro Próprio dos Servidores da Saúde, projeto de Lei que regulamenta o trabalho dos servidores, à Assembleia Legislativa.

A assessoria de imprensa do Sindsaúde, porém, afirmou que o governo fez apenas "promessas" aos trabalhadores. A entidade exige que o Executivo preveja no Quadro Próprio dos Servidores três pontos: a jornada de trabalho de 30 horas semanais, o cargo único para os trabalhadores e a incorporação de um dos adicionais dos servidores à folha de pagamento.

O Sindsaúde informou que fará um ato na próxima quarta (26), às 8 horas, na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, e que realizará uma nova assembleia às 15 horas do mesmo dia para definir os rumos do movimento.

Paralisação

Neste sexto dia de greve, assim como nos demais, a Secretaria Estadual de Saúde e o Sindsaúde divergiram em seus balanços de adesão ao movimento. Enquanto a primeira minimiza a mobilização e diz que cerca 300 servidores, de um total de 9,1 mil, faltaram ao trabalho, a entidade que representa os trabalhadores estima que mais de 3 mil estejam de braços cruzados no estado.