O sargento Lindoval Miranda é o responsável pela segurança de Nova Aliança do Ivaí há dois anos e oito meses e, durante todo esse período, a carceragem da delegacia da cidade permaneceu vazia. O policial diz que nunca precisou prender alguém porque os moradores do município são "naturalmente ordeiros". Ele trabalha com outros três PMs e garante que conhece toda população. "Quando aparece um sujeito estranho, mal intencionado, logo dá para perceber", explica.
A tranqüilidade é abalada apenas por brigas de bar ou perturbação da ordem e, muito de vez em quando, por algum furto. As denúncias partem quase sempre dos moradores, que têm um baixo grau de tolerância à baderna. "Quem procura um lugar para fazer coisa errada nem deve passar por aqui. Todo mundo fica de olho", conta.
A criminalidade é tão baixa que Miranda nem lembra quando foi o último homicídio. Para esclarecer a dúvida, tem de pedir auxílio ao cabo Édson Ruotulo, que trabalha há 16 anos na delegacia. Nem a ajuda, porém, foi suficiente para levantar dados concretos. "Olha, isso já faz uns oito anos", recorda Ruotulo, com muito esforço. O que o cabo e o que todo mundo na cidade diz é que foi um crime passional.
Após uma briga de casal, a esposa resolveu ir a um baile da região. Chegou muito tarde em casa, o que causou a ira do marido. Sentindo-se traído, ele matou a mulher com golpes de foice, que quase arrancaram a cabeça da vítima. "Ele fez isso e fugiu, sem deixar rastro. Os três filhos se mudaram daqui", diz Ruotulo. "Pelo que eu saiba, foi a coisa mais grave que já aconteceu aqui."
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