Em visita à Câmara Municipal de Curitiba nesta terça-feira (5), o presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), Roberto Gregório da Silva Junior, disse que a tarifa domingueira da Rede Integrada de Transporte (RIT), de R$ 1, pode ser revista. O benefício começou a ser concedido em 2005, quando o preço da passagem era de R$ 1,90 para o usuário e foi baixado para R$ 1,80 pelo então prefeito de Curitiba Beto Richa, no mês de maio. Desde então, o custo da tarifa subiu cerca de 44,4%, mas a domingueira nunca sofreu reajuste.
Por mês, são atendidos cerca de 1,6 milhão de passageiros aos domingos, pagando a passagem mais barata. Isso representa uma diferença de R$ 1,89 em relação ao custo real da passagem. "Essa tarifa precisa ser reavaliada porque acaba onerando ainda mais o usuário de dias da semana", diz Gregório.
A revisão da tarifa ganha força com a decisão do governo do Paraná, anunciada nesta terça-feira (5) pelo governador Beto Richa (PSDB), de não manter o subsídio para o transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. De acordo com Richa, o subsídio é uma ajuda emergencial e não pode ser algo permanente. "Na história do transporte público do Paraná, nunca houve um subsídio de tarifa por parte do governo do estado. Nós auxiliamos por um determinado momento, mas o governo não pode ser sobrecarregado com mais essa despesa", disse o governador na manhã desta terça no Palácio Iguaçu. Richa disse que procura agora "uma outra forma de contribuição para as cidades do Paraná, que têm na tarifa de ônibus um problema a ser enfrentado".
A situação atual, segundo Richa, não passa de um "socorro momentâneo", um auxílio que o governo dá em diversas áreas, como pavimentação e obras. "Estamos perdendo um bilhão de reais em receita, e teremos que rever os nossos gastos em função do momento que o Paraná enfrenta nesse momento".