Os cerca de 600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) começaram no início da noite desta sexta-feira (17) a desocupação da Rua Dr. Faivre, bloqueada desde o começo da semana entre as Avenidas Sete de Setembro e Visconde de Guarapuava.

CARREGANDO :)

O movimento considerou positiva a reunião com presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, que veio a Curitiba exclusivamente para discutir a pauta de reivindicações dos manifestantes. "Estamos saindo satisfeitos com a pauta, tivemos um grande avanço", afirmou a coordenadora do MST Solange Luiza Parcianello.

Durante a reunião, o presidente do Incra prometeu viabilizar os pedidos de desapropriação de 77 áreas que estão ocupadas no Paraná pelo movimento. Os processos serão avaliados conforme cheguem a Brasília. Há previsão de que pelo menos dez deles sejam realizados até o fim do ano, o que poderia assentar duas mil famílias.

Publicidade

Hackbart afirmou que deverá ser retomado o repasse de verbas a duas cooperativas que prestavam assistência técnica a 13 mil famílias de assentados no Paraná. O convênio estava bloqueado desde julho deste ano, por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que havia julgado inadequadas as prestações de contas apresentadas pelas cooperativas.

O presidente também se comprometeu em liberar recursos para a recuperação de casas, mais uma das pautas do movimento. "Vamos garantir o dinheiro de acordo com a capacidade de aplicação da superintendência. Se for de R$ 15 milhões, vamos garantir."

A pauta de reivindicações do movimento paranaense ao Incra incluiu, ainda, o assentamento de oito mil famílias de sem-terra que estão acampadas no estado, infra-estrutura para os assentamentos e investimentos em habitação. "Conseguimos retorno positivo principalmente sobre os créditos para habitação", comemorou Solange.