Campo Mourão – Cerca de 300 integrantes do MST acampados em Mariluz (Região Centro-Oeste do estado) interromperam por dois dias o atendimento na agência do Banco do Brasil em Moreira Sales. Eles exigem a liberação, por parte do Incra, de verbas destinadas ao pagamento de alimentos comprados no comércio de Mariluz.

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Os assentados entraram na agência anteontem, reclamando que, por falta de pagamento, os fornecedores não estão vendendo alimentos. "Muitas famílias estão passando fome. O comércio não vende nem uma caixa de fósforos", reclama o agricultor Amarildo Neves. Segundo ele, a situação vinha sendo negociada havia meses. "O Incra em Cascavel sempre dizia que a verba seria liberada no mês seguinte, mas nunca saía", afirma. Segundo a assessoria de imprensa do Incra, como o crédito liberado em 2002, que deveria ser utilizado na aquisição de sementes e maquinários, acabou usado na compra de alimentos, o banco não poderia liberar a segunda parcela sem a apresentação de notas fiscais.

Sem atendimento na agência, o aposentado Osmair Guedes, 55 anos, ficou revoltado. "Entendo o protesto, mas pelo menos deveriam deixar a gente usar os caixas eletrônicos. Na terça-feira tentei entrar e por pouco não me agrediram com socos", conta. Ontem, por volta das 15 horas, os assentados decidiram liberar o acesso à agência, mas permaneceram acampados no lado de fora, depois que o Incra liberou a segunda parcela do crédito.

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