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Invasão ocorreu na manhã desta quinta-feira e os manifestantes permaneceram no local até às 17 horas | Aniele Nascimento / Agencia de Noticias Gazeta do Povo
Invasão ocorreu na manhã desta quinta-feira e os manifestantes permaneceram no local até às 17 horas| Foto: Aniele Nascimento / Agencia de Noticias Gazeta do Povo
  • Prédio do INSS foi tomado por cerca de 50 famílias

Os integrantes do movimento União Nacional Por Moradia Popular desocuparam na tarde desta quinta-feira (19) um prédio público que pertence ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e foi invadido pela manhã. Depois de quase oito horas de ocupação, eles deixaram o local após receberem do Governo Federal, em Brasília, uma promessa de reunião com líderes estaduais do movimento para tentar viabilizar moradias que já foram liberadas para os sem-teto, mas esbarram em questões burocráticas para serem ocupadas.

Os integrantes do movimento no estado - União Por Moradia Popular do Paraná - reivindicam o abrigo para cerca de 30 famílias em um prédio localizado na Rua José Loureiro, no Centro de Curitiba. Para pressionar o governo, aproximadamente 50 famílias ocuparam o prédio do INSS localizado na Rua Marechal Deodoro, também no Centro. Eles também pedem que o prédio invadido, de propriedade do INSS seja adaptado para servir de moradia para os sem-teto. A data – 19 de maio – foi declarada pelo movimento como o dia nacional de luta pela moradia popular.

De acordo com a coordenadora do movimento no Paraná, Maria das Graças Silva Souza, a desocupação só ocorreu porque o Governo Federal recebeu as reivindicações de um representante do movimento em Brasília. Segundo Maria, ficou acordado que haverá uma reunião entre lideranças do movimento e representantes da Caixa Econômica Federal, da Secretaria do Patrimônio da União e do Ministério das Cidades para tentar resolver o impasse que envolve os imóveis que deveriam ter sido repassados aos sem-teto.

"Quando cobrávamos as soluções, eles [Governo Federal] diziam que a situação só seria resolvida após uma conversa entre todas as partes, mas sempre alegavam que algum representante de um órgão não poderia comparecer. A desculpa foi dessa desde 2009", diz Maria das Graças.

A coordenadora do movimento explica que é preciso haver uma licitação para que uma empresa realize as obras de adequação do prédio na José Loureiro. Em uma das torres do imóvel já residem cerca de 30 famílias, antigas moradoras do edifício. A torre que deveria ser repassada aos sem-teto estaria com problemas estruturais. "Os moradores particulares do prédio nos recebem bem porque a falta de reparos na outra torre já reflete nos apartamentos deles, com infiltrações, por exemplo. Eles também querem que seja realizada essa reforma e ocupação", explica Maria das Graças.

As famílias que participaram da invasão desta quinta-feira devem ser divididas entre os empreendimentos imobiliários populares que devem ser entregues em breve nos municípios de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e Ponta Grossa, nos Campos Gerais, além do prédio na José Loureiro.

Prédio do INSS foi invadido em 2009

Em dezembro de 2009, o prédio no INSS na Marechal Deodoro também foi invadido. Na época, os manifestantes reivindicavam a liberação de três imóveis em Curitiba – além do prédio da Rua Marechal Deodoro, o prédio localizado na Rua José Loureiro, e uma área conhecida como "gleba do Capanema", no Jardim Botânico.

Na época, o prédio da José Loureiro passou a ser propriedade do Governo Federal com a promessa de que o local serviria como moradia para os sem-teto. Desde então, os manifestantes reclamam que o processo não evoluiu.

Ações do movimento em SP

Cerca de 800 famílias ocupam três imóveis na capital paulista, após três invasões e uma tentativa, ocorridas entre o final da noite de quarta-feira (18) e o início desta madrugada. As invasões ocorreram na região da Liberdade, no centro, no Brás, e região do Ipiranga, na zona sul da cidade.

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