Durante o mês de julho, começam as aulas dos cursinhos semiextensivos, que têm como missão revisar todo o conteúdo do ensino médio em um concentrado de cinco meses. Em Curitiba, eles se estendem até a véspera da segunda fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Esta é a última chamada para quem pretende ingressar em um cursinho pré-vestibular ainda em 2015.
Neste ano, a modalidade deve sofrer um “boom” com a leva de estudantes oriundos do 3.º ano de escolas públicas. Coordenador do Curso Dom Bosco nas sedes Mueller e Batel, Cesar Greca explica que houve um aumento no número de matrículas de alunos com este perfil, devido à greve dos professores da rede estadual no primeiro semestre.
Os semiextensivos são procurados ainda por alunos que tentaram o vestibular em 2014 e não passaram. Também buscam os cursinhos aqueles que concluíram o ensino médio há algum tempo e querem se reinserir no ensino superior – profissionais já formamos em busca de uma segunda graduação, por exemplo.
Quem deixou para se preparar para os vestibulares ou para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) só no segundo semestre precisa apertar o passo e se concentrar nos estudos. Além disso, o estudante deve fazer a sua parte. O ideal é um mínimo de quatro horas diárias de estudo por conta própria. O tempo costuma ser dividido entre a retomada de assuntos anteriores e do conteúdo visto no dia, em sala de aula. É fundamental também revisar todas as disciplinas, não apenas aquelas pelas quais o aluno se interessa.
Por outro lado, passar de seis ou sete horas de leitura por dia pode ser prejudicial. É importante equilibrar o estudo com boa alimentação, descanso e momentos de descontração.
Sisu
Porta de entrada para o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) e para o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Enem ganha mais espaço entre os vestibulandos a cada ano. O exame, aliás, tem ficado cada ano mais parecido com o vestibular. Isso porque a prova do Ministério da Educação (MEC) tem assumido um perfil de cobrar conteúdos de todo o período do ensino médio. O foco na interpretação de texto persiste, mas sem tanta força quanto nos primeiros anos de Enem.
Na prática, isso significa que quem pensar que pode estudar menos porque o Enem “é mais fácil” pode acabar não se dando muito bem na prova.