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A proposta de aumento salarial apresentada pelo governo, na tarde de quarta-feira (15), à Polícia Científica não foi aceita pelos peritos criminais e médicos-legistas em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (16). Mesmo assim, o Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar) decidiu entregar uma contraposta para o governo pedindo que o aumento salarial previsto até 2014 seja adotado já neste ano. Uma reunião com o secretário da Administração do governo, Luiz Eduardo Sebastiani, deverá ser marcada para esta sexta-feira (17) para a sequência das negociações.

De acordo com o diretor do Sinpoapar, Thiago Massuda, a intenção é que o salário inicial dos peritos oficiais, por exemplo, seja de R$ 7.994,08 já em 2012, e não apenas em 2014 como foi proposto pelo governo. Na tabela divulgada pelo Executivo, o salário do perito oficial passaria para R$ 6.305,10 neste ano.

Na contraproposta, a classe também vai solicitar alterações com relação à promoção. Eles reclamam que o teto salarial da categoria só é alcançado com 60 anos de carreira. Isso porque a mudança de classe só ocorre a cada 15 anos. A proposta que será feita ao governo é que em cada uma das quatro classes a mudança ocorra após seis anos (dois anos por subclasse). Com isso, o topo da carreira seria alcançado após 25 anos.

O governo sugere que a Polícia Científica venha a receber o pagamento de subsídio único. Para o presidente do Sinpoapar, Ciro José Cardoso Pimenta, as conversas caminham para uma solução. "Atualmente, o risco de paralisação é menor porque conseguimos dar visibilidade às propostas da categoria", afirma Pimenta.

O secretário Luiz Eduardo Sebastiani confirmou a possibilidade de haver uma reunião para que a proposta seja negociada nesta sexta-feira. Sobre a intenção da categoria de aplicar o reajuste de 2014 já em 2012 e refazer as tabelas escalonadas, ele preferiu não comentar para não criar expectativas antes da reunião com o sindicato.

Cisão

Com a possibilidade de um aumento relativo maior para os auxiliares de perícia, Pimenta chegou a dizer que poderia haver uma cisão entre o grupo. Atualmente, são 313 peritos oficiais e 45 auxiliares que atuam em todo o estado.

Segundo Massuda, porém, isso teria ocorrido caso os peritos tivessem rejeitado o subsídio, o que não ocorreu. Como as negociações prosseguem, a classe continua unida para que uma possível melhora na proposta represente um benefício para todos.

Manifestação

Em torno de 40 peritos criminais, médicos-legistas e auxiliares estiveram reunidos nesta quinta-feira, pela manhã, em frente ao prédio do Instituto de Criminalística para uma manifestação pacífica com o objetivo de discutir as próximas ações da categoria. O "buzinaço", seguido de panfletagem na esquina da Rua Lourenço Pinto, durou uma hora.

Conforme o presidente do Sinpoapar, Ciro José Cardoso Pimenta, a categoria foi incluída no termo proposto pela Emenda 29 à Constituição do Paraná. No entanto, o reajuste salarial oferecido pelo governo ficou muito aquém do pretendido para os peritos oficiais. Para a perita Joyce Malakoski, responsável pelo atendimento de crimes contra a pessoa, o valor a ser recebido é inferior ao solicitado. "A manifestação de hoje foi realizada para chamar a atenção da população". A categoria pede a equiparação com o salário dos delegados, o que daria mais de 40%.

Veja a proposta de reajuste até 2014 apresentada pelo governo nesta quarta-feira:

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