Servidores do meio ambiente entram em greve a partir de segunda

Os funcionários da Secretaria do Meio Ambiente do Paraná (Sema) aprovaram nesta quarta-feira (20) entrar em greve por tempo indeterminado na segunda-feira (25). A partir deste dia devem ficar prejudicados os serviços prestados pelos seguintes órgãos vinculados à Sema: Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto de Terras, Cartografia e Geociência (ITCG) e Instituto de Águas do Paraná. A categoria é formada por 1,2 mil servidores e o movimento deve prejudicar serviços de fiscalização e emissão de licenças ambientais.

Donizétti Silva, coordenador do Sindicato dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e Afins (Sindiseab), a maior parte da categoria tem reclamado de falta de condições de trabalho. “O que o pessoal está bastante descontente é primeiro em relação à falta de estrutura para prestar o serviço. Na assembleia tivemos diversos relatos de falta de diárias e falta de combustível. Papel para impressoras já não temos. Somado a isso tudo ainda temos a questão da data-base que foi determinada abaixo do índice da inflação.”

Nos próximos dias, o modo como a paralisação será feita é definida. Serviços essenciais, como por exemplo a manutenção de mudas em viveiros e a fiscalização em áreas de acidentes com danos ambientes, devem ser mantidos. Mas o efetivo deve ser mínimo, conforme antecipa Silva.

A reportagem ligou para os telefones da assessoria de imprensa disponíveis no site da Sema, mas ninguém do setor foi localizado para emitir um posicionamento sobre o assunto.

O servidores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) ainda não votaram se entram em greve. Nos próximos dias, os cerca de 800 integrantes dessa categoria devem ter definido o seu futuro sobre um possível movimento paredista. Donizétti antecipa que pelo clima das reuniões e assembleias realizadas até aqui, o mais provável é que esta categoria também entre em greve.

Os funcionários da Sema se juntam a diversas categorias do Paraná que estão com os braços cruzados. O maior impasse de todas elas está sobre o valor do reajuste a ser concedido na data-base deste ano. O governo encerrou as negociações com um valor de 5% - abaixo do IPCA dos últimos 12 meses de 8,17%.

A maior parte dos grevistas é formada por professores da educação básica e das universidades estaduais – além de funcionários de escolas e das faculdades administradas pelo governo do Paraná. Há ainda uma greve marcada para começar no sábado (23) dos agentes penitenciários. Os servidores da saúde estadual, por sua vez, estão em estado de greve e podem parar nos próximos dias.