Sindicato apura atrasos em salários para decidir sobre greve em Curitiba

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Motoristas e cobradores dos ônibus de Curitiba realizam nesta segunda-feira (21) um levantamento de quais empresas pagaram os adiantamentos do mês de outubro em dia antes de decidir sobre uma possível paralisação no transporte coletivo da capital. Até a manhã, foi constatado que parte das empresas quitou o benefício, mas outra parte continua em débito com os trabalhadores. A assembleia que define se os coletivos deixarão de circular a partir desta terça ocorre na noite desta segunda, na Praça Rui Barbosa.

A informação é do vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Dino Cesar de Mattos. "Vamos realizar uma assembleia as 21 horas para deliberar sobre o número que levantarmos. O balanço e o nome das empresas que não pagaram deve sair até o início da tarde. Uma parte diz que vai pagar ao longo do dia, vamos esperar para ver e levar isso para a votação."

O sindicato relata que, desde o início do ano, empresas têm atrasado pagamentos de salários e benefícios. A negociação costuma ocorrer no âmbito da própria empresa e os pagamentos atrasados acabam acontecendo depois do prazo normal. Mas agora a categoria quer unificar o ato e que os empresários assumam um compromisso coletivo de pagamento em dia. No caso de isso não ocorrer, uma paralisação geral dos ônibus já chegou a ser cogitada pelo Sindimoc.

Outro lado

Em nota publicada nesta sexta-feira (18), o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que soube por meio da imprensa a informação de que existiria a possibilidade de uma greve dos colaboradores do transporte coletivo. A entidade informou que o pagamento do vale é feito todo dia 20 de cada mês, mas que em outubro, especificamente, a previsão é de que seria pago até o dia 21 pelo fato de o dia 20 ter caído em um domingo. Algumas empresas, porém, fizeram o pagamento na sexta, conforme a entidade.