![Sindicato dos servidores da saúde do PR decide pela manutenção da greve Organizadores da passeata calculam que 600 pessoas participam do protesto nesta quarta | André Rodrigues / Agência de Notícias Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/03/cddf41440ed908b2f6aedfcadb059287-gpLarge.jpg)
O Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde) decidiu na tarde desta quarta-feira (26), em assembleia da categoria, pela continuidade da greve, que segue por tempo indeterminado. A paralisação já dura oito dias. A decisão foi tomada pelos servidores durante encontro realizado em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do estado, em Curitiba.
De acordo com a assessoria de imprensa do SindSaúde, o encontro ocorreu depois de uma reunião com os representantes das secretarias da Saúde e da Administração, na qual não houve acordo entre as partes.
Por meio de nota enviada por e-mail, o sindicato afirmou que o governo não apresentou "nenhuma proposta concreta" aos servidores, mas que se comprometeu a mostrar a proposta do Quadro Próprio da Saúde à categoria na próxima quarta-feira (2).
"Os servidores consideraram que essa é apenas mais uma promessa do governo, que há três anos discute o assunto com o sindicato sem nunca ter apresentado nada de concreto", manifestou a entidade em nota.
Por meio de nota divulgada na Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de notícias do governo, o secretário de Saúde, Michele Caputo Neto, afirmou que o Executivo está aberto para negociações. Ele lembra que em março o governo realizou outras duas reuniões com a classe -- uma no dia 14, antes da greve, e outra no dia 24 -- e que o diálogo com os trabalhadores é permanente.
O secretário afirma ainda que está atendendo à exigência do sindicato com relação ao projeto de lei do Quadro Próprio dos Servidores da Saúde.
Passeata
Durante a manhã desta quarta, o SindSaúde promoveu uma passeata no Centro da capital. Também participam do ato os servidores técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que atuam no Hospital de Clínicas (HC).
Nas contas dos organizadores do protesto, 600 pessoas, na soma dos dois grupos, participaram da caminhada. O movimento deixou o trânsito lento na Avenida Cândido de Abreu, sentido Centro-Centro Cívico, por volta das 11 horas.
Marcio Vicente Oliveira, um dos representantes do SindSaúde contou que a manifestação começou na Praça Santos Andrade, por volta das 9 horas.
A reportagem não conseguiu contato com o Sindicato dos Servidores em Educação do 3º Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR) para saber sobre a participação da categoria no protesto.
O outro lado
A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou, via assessoria de imprensa, que cerca de 320 funcionários de um total aproximado de 9 mil aderiram ao movimento nesta quarta-feira e que a maioria dos participantes das passeatas é de servidores que estão de folga. A entidade informou que todas as propostas à categoria já foram apresentadas e que não houve uma nova reunião com os grevistas.
Negociação
Nesta terça-feira (25), após uma reunião, os servidores reclamaram da proposta do governo do estado de apresentar projeto de lei que prevê o Quadro Próprio da categoria. A lei, que pretende estabelecer parâmetros para a carreira dos servidores da saúde em separado do quadro geral do funcionalismo público estadual, ainda não foi apresentada aos sindicalistas. O projeto está em análise na Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap) e a promessa do governo é de mandar para apreciação da Assembleia Legislativa do Paraná até o fim deste mês.
Para conter a insatisfação dos grevistas, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou, logo após a reunião de terça-feira, a abertura de um edital para contratar entre 1,5 mil e 2 mil servidores para a Secretaria Estadual da Saúde, ainda no primeiro semestre deste ano. O governo também prometeu regularizar o pagamento de diárias aos servidores da região metropolitana que precisam se deslocar até os hospitais de Curitiba e a não suspensão do estágio probatório para mulheres em licença-maternidade. Mesmo com o anúncio do governo, a categoria decidiu manter a greve por considerar que seriam apenas "promessas".
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