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Tarifa sobe a partir de zero hora desta sexta-feira (6)

A partir da zero hora de sexta-feira (6), a tarifa de ônibus em Curitiba passa de R$ 2,85 para R$ 3,15, para pagamento em cartão-transporte, e R$ 3,30, para pagamento em dinheiro. Os valores são válidos para as linhas da Rede Integrada de Transporte (RIT). Na Linha Turismo, a passagem que custa R$ 30,00 irá para R$ 35,00. Nesse ônibus, cada passagem dá direito a cinco embarques na mesma linha, que passa pelos principais pontos turísticos da capital. O Circular Centro passa de R$ 1,80 para R$ 2,00. A tarifa domingueira continuará custando R$ 1,50.

Quem quiser ‘estocar’ passagens com o valor antigo, de R$ 2,85, deve estar atento para o valor que vai carregar no cartão transporte e o prazo para fazer isso. O poder de compra com a tarifa antiga só vale por um período de 30 dias, contando a partir da data do reajuste.

O Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) não descarta uma nova paralisação do sistema de transporte. Desde dezembro, a categoria está em estado permanente de greve, motivado pelos recorrentes atrasos no pagamento. Dessa vez, o argumento é de que o sindicato apurou que a maioria das empresas não teria condições de efetuar o pagamento do salário nesta sexta-feira (6), quinto dia útil do mês e data para o recebimento do benefício. Além disso, o sindicato afirma que não houve restabelecimento dos repasses para o fundo de assistência médica nem avanços nas negociações do reajuste salarial. Uma reunião de conciliação entre patrões e empregados está marcada para as 14h30 desta quinta-feira (5), no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR).

O Sindimoc afirma que entre as 11 empresas que operam as linhas urbanas e as 12 responsáveis pelas linhas metropolitanas integradas, apenas uma teria indicado que efetuaria o pagamento do salário na sexta-feira. O Setransp, sindicato que representa as empresas do setor, informou que vai se manifestar oficialmente sobre o assunto durante a reunião no TRT-PR. Já a Urbs informou que os repasses do Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC) para as empresas urbanas está em dia, sem qualquer dívida. Em relação às empresas metropolitanas, a Urbs diz que, depois do termo de encerramento do convênio com a Comec, também está repassando o montante correspondente para o órgão, que deve fazer o pagamento às empresas que contratou. A reportagem procurou a Comec, mas não encontrou ninguém até as 12h20.

Pauta

Os motoristas e cobradores solicitam um aumento salarial com o reajuste da inflação (com base no INPC) e aumento real de 6,40%, equiparação do valor do cartão alimentação ao que é pago para os funcionários da Urbs, contratação de seguro de acidentes, estabelecimento de multa para atraso no pagamento de salários (R$ 100 por funcionário por dia), adequação das estações-tubo e fim da obrigação de motoristas e cobradores inibirem crimes nos ônibus.

De acordo com a Urbs, essa última reivindicação jamais foi uma atribuição da categoria. Os motoristas e cobradores podem se comunicar em tempo real com o Centro de Controle Operacional (CCO) para informar as ocorrências. A central é integrada com outros órgãos e faz a gestão da ocorrência.

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