Cinco sindicatos que representam categorias profissionais diferentes que atuam no Paraná estão pedindo a anulação da licitação do transporte coletivo de Curitiba, firmada em 2010. As entidades se baseiam em estudo jurídico encomendado por elas mesmas de forma independente das investigações da CPI da Urbs e da auditoria do Tribunal de Contas (TC-PR).
Além do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge), também participam da iniciativa o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Seção Sindical do ANDES-SN, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e Região (Bancários de Curitiba) e o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano).
Unidas, as entidades vão dar entrada em representação no Ministério Público (MP-PR), na Prefeitura de Curitiba e no Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) nesta terça-feira (1º).
O parecer endossa pontos já tocados pela CPI e pela auditoria do TC, como falhas no edital de licitação e vícios que favoreceriam as empresas que já operavam no setor. Além disso, o estudo diz que as propostas comerciais das empresas que concorreram à licitação tinham o mesmo texto, com os mesmos erros de português. E que as garantias apresentadas pelas empresas foram emitidas pela mesma instituição bancária, no mesmo dia e em sequência.
O estudo será publicado no site das entidades, na íntegra, a partir desta terça. Segundo a assessoria do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), o parecer foi encomendado antes do início da CPI na Câmara Municipal. Mais detalhes do estudo só devem ser divulgados amanhã.
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