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O sistema de captação e tratamento de água de Paranaguá, no litoral do estado, voltou a operar na noite de quarta-feira, depois de cinco dias paralisado. O volume produzido até agora, no entanto, atende apenas 25% da demanda. O sistema só deverá ser normalizado em 6 meses.

O abastecimento do município depende de quatro manaciais: Rio Miranda, Rio Ribeirão, Rio Santa Cruz e do Rio Cachoei­­ra. As chuvas que atingiram o litoral na semana passada danificaram as redes de captação e elevaram o nível de turbidez da água. "A água dos rios estão com nível até 100 vezes maior de barro e detritos, o que dificulta o tratamento", afirma o diretor da Águas de Para­­naguá, Mário Muller.

A empresa voltou a captar água no Rio Miranda, depois de reconstruir cerca de 400 metros de tubulação que foram destruídos. A represa ainda vai precisar passar por um processo de desassoreamento e voltar ao nível de armazenamento anterior. Um helicóptero da Marinha foi usado para transportar uma draga de três toneladas. O trabalho de limpeza, porém, não tem data para começar. "Se começarmos a mexer agora, o nível de turbidez vai aumentar e seremos obrigados a interromper o bombeamento novamente", diz Muller.

Até ontem, 16 bairros da cidade haviam recebido água. Para que todas as regiões fossem abastecidas seriam necessárias 48 horas, pois o volume de água era pequeno e ela precisa percorrer cerca de 570 quilômetros de tubulação e galerias.

Até o fim de semana, com o reinício da captação no Rio Ribeirão, 60% da demanda de água da cidade deverá ser restabelecida, segundo Muller. O terceiro ponto de captação, o ma­­nancial do Rio Santa Cruz, deve voltar a operar no final de abril e com isso a produção deve chegar a 85%. O sistema só será normalizado com a volta da operação no Rio Ca­­choeira. Muller diz que será necessária a construção de uma nova barragem.

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