Em muitas páginas da Internet é possível encontrar orientações de como interromper a gravidez e oferta de remédios que induzem o aborto. Uma delas promete mandar o medicamento pelo correio se a pessoa preencher um formulário e enviar cerca de R$ 200. Pela lei brasileira, tanto o aborto quanto a venda de remédios são considerados crimes.

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A pena para quem vende remédios que induzem o aborto é de 10 a 15 anos de prisão. "A internet é uma modalidade de venda, assim como várias outras. É ilegal da mesma forma. O fato de ensinar a usar, indicar como a pessoa pode fazer o aborto, é apologia ao crime", afirma o delegado Marco Aurélio Assunção. De acordo com os médicos, se o esses remédios não provocarem o aborto, o feto possivelmente terá problemas na formação. O medicamento também pode provocar hemorragia, febre e dor na mulher.

A médica obstetra Giseli Cordeiro disse que, além dessas conseqüências imediatas, a mulher que faz uso desses remédios ainda pode sofrer abortos espontâneos e até ficar estéril. "Estima-se que 5 milhões de mulheres de países em desenvolvimento são internadas anualmente em decorrência de complicações do abortamento", afirma cordeiro.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a importação de medicamento pela internet é contrabando e que, desde 2005, 75 páginas na web que anunciavam esses remédios foram suspensas.