Faltam carros próprios para patrulha rural
Ponta Grossa - Além do número reduzido de policiais, outro problema da Polícia Militar no interior é a falta veículos próprios para atender as grandes extensões rurais. Em Castro, nos Campos Gerais, pelo menos três distritos estão sem assistência da PM: Abapã, Guararema e Socavão. "Temos uma área rural gigante e os veículos disponíveis são poucos para cobrir tudo. Mesmo assim, são suficientes para o pequeno efetivo que existe aqui, pois não adianta ter muitos veículos sem pessoas para usá-los", diz o presidente do Conselho de Segurança de Castro, Koob Petter.
Sem viaturas, IML deixa corpos à espera
O Instituto Médico Legal (IML) tem enfrentado cada vez mais problemas. Há uma semana a Gazeta do Povo mostrou o descaso com o órgão. Há 94 legistas para atender os 399 municípios do estado. Seria necessário o dobro. Agora é a falta de viaturas que entra na lista.
Há um vácuo no caixa da Polícia Militar que se estende de novembro a março, período histórico que marca o final e o início da disponibilização de verbas para a corporação. Não foi diferente em 2011, mas "a situação está dentro da normalidade, proporcionalmente com o número de viaturas e de efetivo", diz o coronel Maurício Tortato, comandante do 17.º Batalhão, que engloba a região metropolitana. A frota na região tem 200 viaturas, entre motocicletas, carros para a rádiopatrulha, patrulha rural.
Em média, 10% estão baixadas, mas retornam aos destacamentos após três dias. "Esta não é a situação ideal, mas não compromete a segurança pública", garante o comandante. "Mas não adianta ter viaturas se não tem efetivo pra rodar com elas", disse um dos policiais ouvidos pela reportagem. Enquanto algumas viaturas ficam paradas por falta de manutenção, outras deixam de ir às ruas por falta de policiais. Segundo o comandante do 17º Batalhão, 167 homens estão sendo colocados na equipe da PM na região metropolitana, bem como nas patrulhas rurais. Os policiais estão na fase final do curso de formação, mas já realizam treinamento na ronda ostensiva.
O presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (Amai), coronel Elizeu Ferraz Furquim, estima que entre 3 e 4 mil policiais desempenham funções diferentes daquelas para as quais foram designados. Para ele, isso é resultado de um critério que "está fora da melhor técnica e interfere na gestão dos comandos." "Toda esta distribuição de viaturas e efetivo é uma jogada política. Só que ela tem um custo e quem paga é a sociedade."
"Há muito tempo se discutem os mesmos problemas. Não temos efetivo e nem viaturas para atender a região metropolitana", afirma o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de São José dos Pinhais, Jaiderson Rivarda. As queixas também vêm de Piraquara. "A viatura fica alguns dias na cidade e depois volta para Pinhais. Nesse tempo o destacamento fica fechado", diz a secretária do Conseg local, Indiamara do Rocio Szczpanik.
Em Pinhais, o presidente do Conseg, Sérgio Skiba, conta que parte da estrutura da PM é fornecida pela população. "Possibilitamos o conserto de vidros, troca de óleo ou pastilhas de freio. Mas se colocassem aqui seis viaturas, não teríamos contingente para todas elas."
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