Lúcia Fontoura, sócia da Interlaken, chega à delegacia para prestar depoimento| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Lúcia Fontoura, uma das duas sócias-proprietárias da Interlaken, chegou por volta das 11 horas desta quarta-feira (6) na Delegacia de Crimes contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon), para prestar depoimento no caso do fechamento da empresa, que deixou cerca de 120 clientes lesados, num prejuízo estimado até o momento em R$ 2 milhões. A agência anunciou o fechamento por meio de uma publicação no Facebook, na manhã do dia 26 de dezembro. Inicialmente, a previsão do delegado Guilherme Rangel era de que ela viesse depor às 9h30.

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Lúcia Fontoura saiu no início da tarde desta quarta-feira da delegacia, sem falar com a imprensa. Mais tarde, Rangel detalhou que ela afirmou que só viu o “tamanho do rombo” no fim do ano.

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A sócia da Interlaken chegou em um carro preto, acompanhada por três homens, que seriam advogados. Assim como saiu, ela entrou sem falar com a imprensa. Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, foram chamados pelos advogados de defesa dos sócios para reforçar a segurança no local. No entanto, a presença de clientes lesados pela empresa era pequena.

Antes da chegada da depoente, o chefe da investigação informou que os responsáveis pela agência seriam investigados também por estelionato e que não descartava a prisão deles, caso comparecessem à delegacia. “A prisão é cabível sim, mas vamos ter fazer todos os interrogatórios, ouvir o que eles têm a dizer”, disse ele.

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Rangel disse ainda que todos os boletins de ocorrência feitos até agora – 128 – terão de ser apresentados às investigadas e ao investigado. Por isso, os interrogatórios devem ser longos. Inicialmente, a Polícia Civil acreditava que eram quatro os sócios da empresa, mas são apenas duas. A outra sócia, Marseille Fontoura - filha de Lúcia - foi ouvida na parte da tarde. O terceiro a depor deve ser Augusto Benzi, diretor da empresa e filho de Lúcia, e ele deve ser ouvido nesta quinta-feira (7).

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De acordo com as apurações iniciais da polícia, as sócias da empresa não possuem bens equivalentes ao valor do provável prejuízo causado aos clientes. Em alguns casos, foram perdidos R$ 70 mil.

Até o momento, a polícia disse não ter conhecimento de nenhum pedido de falência judicial elaborado por parte da empresa, o que seria um indício de má-fé dos responsáveis pela agência.