São Paulo Após 4 dias de depoimentos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já libertou 35 dos 47 detidos na Operação Navalha, da Polícia Federal. Faltam outros 11 depoimentos, entre eles o do proprietário da Gautama, Zuleido Veras, neste sábado, e o da diretora da empresa, Maria de Fátima Palmeira, previsto para hoje.
Os dois sobrinhos do governador do Maranhão Jackson Lago, Alexandre Maia Lago, na quarta-feira, e Francisco de Paula Lima Júnior, ontem, se recusaram a depor ao STJ. No inquérito, eles são acusados de receber propina em nome do governador, que nega. A defesa dos dois pediu a revogação da prisão, mas como eles não quiseram prestar informações ao tribunal, a ministra manteve a prisão dos dois.
A ministra Eliana Calmon, do STJ, ouviu ontem o depoimento de Florêncio Brito Vieira, funcionário da Gautama empresa suspeita de operar o suposto esquema de fraude em licitações para realização de obras públicas, desarticulado pela PF. Como ele colaborou com a investigação, a ministra revogou a prisão.
Antes dele, a ministra tomou os depoimentos de Sebastião José Pinheiro Franco, fiscal de obras no Estado do Maranhão, e de Humberto Rios de Oliveira, funcionário da Gautama.
A ministra vem revogando a prisão dos acusados que prestam depoimento e não conseguiram ainda habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. A exceção são os sobrinhos de Lago. No fim desta edição ainda estavam para ser ouvidos Ricardo Magalhães da Silva e Bolívar Ribeiro Saback, ambos funcionários da Gautama.
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