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Deslizamento na Praia do Bananal, na Ilha Grande, Baía de Angra dos Reis: hóspedes e moradores do local foram surpreendidos  pela terra  que desceu do morro | Bruno Domingos/Reuters
Deslizamento na Praia do Bananal, na Ilha Grande, Baía de Angra dos Reis: hóspedes e moradores do local foram surpreendidos pela terra que desceu do morro| Foto: Bruno Domingos/Reuters

Deslizamento mata três idosos em Minas Gerais

Agência Estado

Três idosos morreram soterrados na sexta-feira após um barranco deslizar e atingir parte de uma casa em Juiz de Fora (MG). Chovia forte no momento do acidente, que ocorreu por volta das 4 horas. A terra destruiu metade da residência de dois andares. De acordo com o 4.º Batalhão do Corpo de Bombeiros, cinco pessoas de uma mesma família estavam no imóvel e dormiam depois da celebração do réveillon. Um casal conseguiu escapar sem ferimentos.

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rio de janeiro

Morre menina resgatada em favela

Folhapress

Depois de um dia internada em estado grave, Mariana Moraes dos Passos, 3 anos, morreu na sexta-feira, aumentando para 20 o número confirmado de mortos na região metropolitana do Rio devido às chuvas que castigaram a capital fluminense e cidades vizinhas entre quarta e quinta-feira. Oito deles são crianças de até 12 anos. Mariana já havia ficado órfã de mãe e pai devido ao soterramento da casa onde vivia, na favela Fazenda da Bica.

A morte da menina frustrou a comemoração dos bombeiros que a resgataram no dia 31 e dos vizinhos que acompanharam o trabalho, aplaudindo quando a menina foi retirada dos escombros da casa onde vivia com os pais, Mário Jorge dos Passos, 49 anos, e Ana Martins Vera, 35 anos. A mãe foi encontrada morta sob a casa, atingida por um deslizamento pouco antes das 3 horas. O pai, resgatado vivo, morreu no hospital municipal Salgado Filho, ainda no dia 31. Mariana foi a última a ser resgatada, após seis horas de trabalho dos bombeiros, que precisaram abrir três buracos nas paredes da casa até alcançá-la. Alguns oficiais chegaram a chorar de emoção.

Drama

Família é soterrada no interior

Folhapress

Seis pessoas da mesma família morreram na manhã de sexta-feira em decorrência de um deslizamento de terra que atingiu uma casa no bairro Barra de Bié, na região rural de Cunha (231 km de São Paulo). Uma outra pessoa permanecia desaparecida até a noite de sexta-feira e uma mulher foi resgatada com fraturas.

Segundo informações da Polícia Militar, o bairro está isolado desde a manhã de sexta-feira devido a diversas quedas de barreira e alagamentos registrados na região. Por conta disso, o resgate das vítimas está sendo feito pelos próprios moradores do bairro. O deslizamento aconteceu por volta das 10 horas do dia 1º de janeiro.

A PM não soube informar quantas pessoas estão isoladas na região, mas destacou que chove forte na área desde a última terça-feira. A corporação não soube informar o nome e a idade das vitimas. Policiais e agentes da Defesa Civil ainda tentavam chegar ao local.

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As fortes chuvas dos últimos dias de 2009 transformaram num cenário trágico um dos principais paraísos turísticos do estado do Rio. O deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e sete casas na Ilha Grande, na Baía de Angra dos Reis, matando pelo menos 19 pessoas na madrugada de sexta-feira. No continente, pelo me­­nos nove pessoas morreram em outro desmoronamento de terra, no Morro da Carioca, no centro histórico da cidade, um dos destinos mais procurados por turistas no réveillon.

Até o início da noite de sexta, bombeiros ainda trabalhavam nos dois locais em busca de outras vítimas ou sobreviventes. Em todo o estado do Rio, cerca de 50 pessoas já morreram em consequência das chuvas dos últimos dias – o volume de chuvas em dezembro em Angra dos Reis superou a média do mês, segundo o Instituto Nacional de Meteo­­rologia: o acumulado no período foi de 355,1 milímetros, enquanto a média é de 245,8 mm.

Na Ilha Grande, os bombeiros haviam resgatado pelo me­­nos 13 corpos de turistas e 6 de moradores locais, informou o vice-governador do Rio, Luiz Fer­­nando Pezão. A maior parte dos 65 hóspedes que escolheu passar o ano-novo na pousada San­­kay, na enseada do Bananal, uma região de pequenas ilhas em torno da Ilha Grande, foi surpreendida na madrugada de sexta pelo desmoronamento de toneladas de rochas e terra da imensa encosta que fica atrás da pousada, cuja localização entre o mar e a montanha era um dos principais atrativos.

Os hóspedes conseguiram sair a tempo do prédio, mas a filha dos proprietários da pousada, Yumi Faraci, 18 anos, e um casal de amigos dela ficaram sob os escombros e não resistiram. Os donos, Geraldo e Sonia Faraci, também escaparam, mas ficaram muito abalados. A família deles, de Belo Horizonte, não quis comentar a tragédia.

Apesar da densa cobertura de vegetação de Mata Atlântica, a chuva forte e constante provocou uma enxurrada de destruição que atingiu boa parte da pousada e residências vizinhas. Segundo moradores da região, várias casas de veraneio estavam alugadas para turistas. Mais de 100 pessoas, entre bombeiros, médicos e voluntários, foram mobilizados para a operação de resgate em Angra. Militares da Marinha também ajudaram. Helicópteros e navios foram empregados no transporte de equipamentos e de pelo menos 10 feridos. "Existe muita dificuldade para fazer esse material todo chegar aqui. As pedras e árvores que caíram sobre a pousada e as ca­­sas são muito grandes", ex­­pli­­cou o vice-governador do Rio, que chegou à ilha ainda na manhã de sexta. "In­­fe­­liz­­mente, acreditamos que vamos ter um número ainda mais elevado de vítimas por conta desses desmoronamentos", acrescentou.

Resgate

Várias outras regiões de Angra foram castigadas pela chuva e a prefeitura estima que 80 casas foram destruídas. Alguns corpos retirados da enseada do Bananal foram transladados de helicóptero para o Instituto Médico Legal (IML) da capital. Os mortos do Morro da Carioca foram identificados no IML de Angra.

Ambientalistas que denunciam a desocupação desordenada das encostas de Angra lutam pela revogação de um decreto estadual de junho de 2009 que permite maior ocupação de áreas protegidas na Baía da Ilha Grande. No entanto, não havia sinais de erosão ou degradação no local do acidente. "Essa re­­gião está bem protegida, por isso a surpresa. Mas choveu muito fora do normal, foram dois dias sem parar de chuva forte", afirmou uma funcionária da pousada Kamonê, vizinha à Sankay. A tragédia assustou os visitantes de outros hotéis, que tiveram dificuldades para completar telefonemas para o continente.

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