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Fraude

Suspeito de adulterar leite no RS nega envolvimento em fraude

Um dos suspeitos de integrar um esquema de adulteração de leite no Rio Grande do Sul negou nesta sexta-feira (10) participação na fraude.

Na quarta-feira (8), transportadores de leite foram presos acusados de adicionar água e um composto com formol, substância cancerígena, no produto que foi para supermercados.

Segundo o promotor Mauro Rockenbach, o suspeito - que não teve seu nome divulgado - afirmou que "só fazia o transporte, nada sabia, sequer desconfiava" da adulteração.

Seis presos na operação Leite Compen$ado, do Ministério Público do Rio Grande do Sul em conjunto com o Ministério da Agricultura, depuseram nesta sexta-feira na promotoria de Tapera (RS).

Os outros suspeitos, no entanto, não responderam às perguntas do promotor e disseram que só falarão em juízo. Eles estão detidos no presídio estadual de Espumoso.

Na próxima segunda-feira mais um preso, que está no presídio estadual de Guaporé, será ouvido.

Rockenbach disse que pretende oferecer denúncia contra os sete suspeitos no início da próxima semana. Eles serão indiciados sob suspeita de alteração de produto alimentar.

Em Ibirubá, segundo ele, há evidências da existência de uma rede composta por empresários e seus parentes, além de um representante de uma cooperativa paranaense, que participavam da fraude. Por isso, eles serão indiciados também sob suspeita de formação de quadrilha.

O Ministério Público não informou os nomes dos advogados dos presos.

Indústria

A promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor diz que há quatro inquéritos civis em andamento para apurar as possíveis responsabilidades das empresas processadoras de leite. Elas podem receber um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), negociado com o Ministério Público, ou sofrer uma ação civil pública.

Lotes de produtos das empresas Bom Gosto, GoiasMinas, Vonpar e VRS foram retirados de circulação no Rio Grande do Sul. Elas são fabricante das marcadas Italac, Líder, Mumu, Latvida, Hollmann, Goolac e Só Milk.

As quatro empresas informaram por meio de notas que já retiraram de circulação os lotes recomendados pelo Ministério da Agricultura e colocaram-se à disposição dos órgãos que coordenam a operação. Elas negam participação no esquema.

Paraná

A secretaria de Saúde do Paraná ordenou na quarta-feira (8) a retirada de mercado de lotes de produtos das marcas Italac, Líder e Mumu, fabricados no Rio Grande do Sul. A pasta ainda não tem registros de apreensões no Estado.

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