Os dois homens suspeitos de terem baleado e abusado sexualmente Monik Pegorari de Lima e assassinado o namorado dela, Osíris Del Corso, no Morro do Boi, em Matinhos, participarão de um novo reconhecimento na tarde de quinta-feira (23). Está é primeira vez que Paulo Delci Unfried, 32 anos, detido que confessou o crime à polícia, falará à Justiça sobre o caso.
Monik e o namorado foram atingidos por tiros na tarde do dia 31 de janeiro, em uma trilha no Morro do Boi. O namorado não resistiu. Segundo Monik, o agressor teria voltado até a cena do crime e a molestado sexualmente. A jovem foi resgatada 18 horas depois. Em consequência do tiro, Monik perdeu o movimento das pernas. O crime teria sido cometido por apenas uma pessoa, mas duas pessoas suspeitas estão presas.
Em 17 de fevereiro, Juarez Ferreira Pinto foi preso em um balneário de Pontal do Paraná, com autorização da Justiça. Ainda no hospital, a estudante reconheceu Juarez como autor do crime.
A expectativa da defesa de Juarez, que nega autoria, é que a acareação dure entre uma hora e meia e duas horas. Os advogados que o representam teme que Paulo mude a versão do depoimento dado à Justiça. "É um princípio do ser humano. Se a própria vítima diz que não foi ele, por que ele iria se condenar?", questiona o advogado Mario Lucio Monteiro Filho.
Outra hipótese, mais favorável a Juarez, é que Monik demonstre não ter certeza da autoria dele e que Paulo volte a confessar diante da Justiça o crime. O juiz pode decretar a liberdade de Juarez logo depois da acareação.
A libertação de Paulo já é mais complicada, pois ele foi preso sob acusações de estupro e roubo no dia 25 de junho - outro inquérito corre contra ele.
Segundo a opinião de especialistas consultados pela Gazeta do Povo, se não surgirem provas consistentes contra os dois acusados, ambos podem ser soltos.
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